Eleições 2024
Ministra Cármen Lúcia vota em BH e destaca importância da democracia
Presidente do TSE, Cármen Lúcia votou cedo em Belo Horizonte e elogiou a imprensa pelo papel nas eleições. Ministra seguiu para Brasília para acompanhar as apurações do 2º turnoA ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), votou logo cedo, na manhã deste domingo (27/10), no Colégio Santo Agostinho, Bairro de Lourdes, região central de Belo Horizonte. Ela é eleitora cadastrada na 91ª Seção da 33ª Zona Eleitoral.
Cármem Lúcia chegou antes da abertura da zona eleitoral, exatamente às 7h45, entrando na fila, como um eleitor comum. Logo que o portão foi aberto, ela se dirigiu à seção, votou e não demorou 10 minutos para sair do colégio. Seguiu para o Aeroporto de Confins, onde volta para Brasília, para acompanhar as apurações.
“Hoje é um dia alegre, dia de exercer a democracia. Esperamos que seja um dia sem violência e que todos possam cumprir seu dever cívico tranquilamente, em paz. O 2º turno finaliza a eleição de 2024, mostrando o tamanho e a importância da democracia em nosso país. Espero que o eleitor tenha escolhido bem. O dia amanheceu com o céu azul e espero que todos votem”, disse.
A ministra Cármen Lúcia foi além quando se refere à importância da realização das eleições. “Quero agradecer, em especial, à imprensa, que acompanhou e divulgou o passo a passo, desde a divulgação de normas, como as audiências e agora, o pleito. É importante ressaltar que sem uma imprensa livre, a democracia não acontece”.
Fãs na fila
A manhã de domingo, dia de votação em segundo turno, para prefeito de Belo Horizonte, foi de surpresas para a ministra Carmem Lúcia, a começar pela fila que aguardava a abertura da 33ª zona eleitoral, no Colégio Santo Agostinho.
Cármen Lúcia chegou num carro do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), e desceu escoltada por dois seguranças. Foi direto para a fila. Tal como fez no primeiro turno, não usou dos cargos que ocupa para “furar” a fila, aguardou a vez como qualquer outro cidadão.
E ao se posicionar, a primeira surpresa. À frente dela, a aposentada Vânia Cardoso, que é uma velha conhecida de outras eleições. “A gente sempre se encontra aqui e conversa”, diz Vânia.
Vânia contou que quase chegou a desistir, por causa da fila, embora pequena. “Eu moro ali na esquina. Pensei em voltar para casa e retornar depois, mas voltei pra cá. Ainda bem, pois encontrei ao ministra e estou ao lado dela”.
A ministra dá uma mostra de que conhece Vânia há muito tempo. “Você ainda vai aos supermercados pela manhã?”
E Vânia responde afirmativamente. Mas Cármen Lúcia lhe diz que preferia ir ao Mercado Central, pois é perto da casa da amiga. “Acho o Mercado Central muito alegre e o mais democrático de todos os espaços. Gosto muito de lá”.
Vânia tem uma bolsa pequena pendurada, mas ela está cheia, o que faz com que a ministra pergunte o que tem dentro, já que ela mora perto, menos de 50 metros do local de votação.
Vânia abre a bolsa e mostra. “Além dos documentos, tem batom, o celular e um copo desmontável, para tomar água.”
Logo em seguida, chega o aposentado Getúlio Diniz, que vai logo dizendo, depois de se apresentar. “Somos conterrâneos. Também sou de Espinosa”.
E a ministra responde. “Espinosa é especial”. E explica. “Eu nasci lá, mas muito cedo, mudamos. Viemos para Belo Hrizonte”.
Atrás de Getúlio está Isabele Dias, que não se contém e quer cumprimentar a ministra. Pega a mão de Cármem e diz: “Sou sua admiradora. Você, pra mim, é um exemplo de postura. Minha mãe também é do norte de Minas, de Montes Claros, e todos nós, lá em casa, temos muito orgulho da senhora”.
O portão se abre e a fila anda. É hora de votar. Lá vão eles, cada um para sua seção.