Saúde
Saiba a importância de monitorar a pressão arterial
Novas diretrizes para leituras de pressão arterial recomendam mudanças no estilo de vida para prevenir hipertensão grave e complicações de saúde mais sérias.A pressão arterial tem se mostrado uma preocupação crescente na sociedade atual devido à sua ligação direta com condições médicas severas, como o infarto e o acidente vascular cerebral (AVC). Com o intuito de aprimorar o entendimento sobre este assunto, novas diretrizes estão sendo propostas para avaliar melhor os riscos associados aos níveis de pressão arterial que anteriormente eram considerados normais.
Recentemente, a Sociedade Europeia de Cardiologia introduziu uma categoria intermediária entre os padrões normais de pressão arterial e a hipertensão, conhecida por muitos como pré-hipertensão. Essa classificação procura alertar para os riscos que estão presentes mesmo antes de se ultrapassar as barreiras da hipertensão tradicional.
Quais são as novas diretrizes sobre a pressão arterial?
De acordo com especialistas, como Luiz Aparecido Bortolotto da Universidade de São Paulo, a faixa de pressão sistólica acima de 115 mmHg já pode representar um risco crescente à saúde. Esta abordagem traz à luz a ideia de que mesmo aqueles com pressão arterial entre 12 por 8 e 14 por 9 devem ser considerados em risco intermediário, requerendo monitoramento e mudanças no estilo de vida para prevenir o avanço para hipertensão.
Adotar hábitos saudáveis é crucial neste contexto. Dietas com baixo teor de sódio, controle do peso corporal, redução do estresse e exercícios físicos regulares são medidas recomendadas para manter a pressão arterial em níveis seguros. O objetivo é evitar que as pessoas, especialmente aquelas na zona de pré-hipertensão, evoluam para condições mais sérias que exigem medicação contínua.
Por que a pressão arterial elevada é chamada de “doença silenciosa”?
A hipertensão é frequentemente denominada uma “doença silenciosa” porque, na maioria das vezes, não manifesta sintomas evidentes até que seus efeitos se tornem severos. Estudos indicam que em cerca de 90% dos casos, as pessoas não apresentam sintomas, apesar de possuírem valores elevados de pressão arterial, como 14 por 9. Mesmo assim, é vital que a pressão seja verificada regularmente, a partir dos 18 anos, para identificar precocemente quaisquer elevações.
Sintomas como tontura ou mal-estar podem ocorrer, mas não são indicativos exclusivos de hipertensão, uma vez que esses podem ser provocados por outras condições de saúde. A detecção e vigilância frequentes são especialmente recomendadas para indivíduos com fatores de risco, como histórico familiar, obesidade ou sedentarismo.
Qual é o tratamento recomendado para a pressão arterial elevada?
Para a maioria das pessoas na fase inicial de hipertensão ou na zona de pré-hipertensão, a avaliação médica sugere a adoção de um estilo de vida saudável como primeira linha de defesa. No entanto, quando a pressão sistólica atinge ou excede 14 por 9, a medicação se torna um componente quase inevitável do tratamento para controlar a pressão e evitar complicações graves.
Infelizmente, mais de 30% da população adulta global enfrenta hipertensão, reforçando a necessidade urgente de vigilância regular da pressão arterial e mudanças proativas no estilo de vida. O acompanhamento médico regular e medidas preventivas são essenciais, especialmente para aqueles que não consultam diretamente cardiologistas, mas outros especialistas médicos em suas visitas de rotina.
Como a hipertensão pode ser prevenida e controlada?
A prevenção eficaz da hipertensão é alcançada através de mudanças no estilo de vida que atacam diretamente os fatores de risco conhecidos. Entre as práticas recomendadas estão:
- Dieta equilibrada, reduzindo significativamente o consumo de sódio e sal.
- Prática regular de atividade física, como caminhadas ou exercícios aeróbicos.
- Controle do peso corporal e manutenção de um peso saudável.
- Gerenciamento do estresse através de técnicas de relaxamento ou meditação.
Além disso, a monitorização regular da pressão arterial em consultas médicas gerais pode ajudar a detectar precocemente quaisquer alterações, permitindo intervenções oportunas e evitando consequências críticas a longo prazo.
Por fim, é essencial que a população entenda que a pressão arterial alta é tratável e que, com medidas adequadas, muitos dos riscos associados podem ser mitigados. A conscientização e a adaptação a estas mudanças são passos fundamentais na promoção de uma saúde cardiovascular robusta e na prevenção de complicações severas no futuro.