Rio
Polícia prende suspeitos de vender animais silvestres em grupo de WhatsApp
Segundo as investigações, criminosos ofereciam as mais variadas espécies, desde primatas aves e corujasA Polícia Civil realiza na manhã desta quinta-feira (17), uma operação para prender criminosos ligados ao tráfico de animais silvestres na Zona Oeste do Rio. Até a última atualização desta reportagem, quatro integrantes da quadrilha já haviam sido presos e levados para a Cidade da Polícia, no Jacarezinho, na Zona Norte da cidade.
Os agentes cumprem mandados de prisão e de busca e apreensão, principalmente na Cidade de Deus. As investigações, que começaram em maio de 2023 após a prisão de três caçadores de animais silvestres, apontam que os animais eram comercializados ilegalmente em grupos de WhatsApp e perfis falsos na internet.
Ainda segundo informações da Polícia Civil, a quantidade e a variedade animais silvestres retirados da natureza e expostos à venda nesse grupo criminoso é expressiva. No grupo eram oferecidas as mais variadas espécies, desde primatas (principalmente macacos-pregos e saguis) e aves (papagaios e tucanos) até coruja, jacaré, sapos, baratas, tartarugas, cobras, dentre outros.
A ação é coordenada pela delegacia do Leblon, onde o inquérito foi registrado, mas conta com o apoio de diversas unidades especializadas, incluindo a delegacia de Meio Ambiente.
Em setembro, a Super Rádio Tupi denunciou a venda de animais silvestres pelo WhatsApp. Equipe de Jornalismo da rádio se passou por um interessado na compra de um mico e entrou em contato com o vendedor, que deu detalhes sobre a venda dos animais silvestres.
O homem, que se autodenomina como “Chefinho”, anuncia ainda a venda de outros animais silvestres em um grupo de vendas do WhatsApp. Nas negociações, o criminoso cobrou o valor de R$ 5.500 para um macaco-prego. Filhotes do animal estão na casa de R$ 500.