Brasil
Estudante de medicina e filha de ex-prefeito morre vítima de doença rara
Maria Clara Sabóia, estudante de medicina e filha do ex-prefeito de Luzilândia, faleceu aos 23 anos devido a complicações da rara doença Porfiria Aguda IntermitenteMaria Clara Sabóia, de 23 anos, estudante de medicina e filha do ex-prefeito de Luzilândia (PI), Vicente de Sabóia, faleceu na segunda-feira (14), vítima de complicações da rara condição genética Porfiria Aguda Intermitente. A jovem estava internada no Hospital ProntoMed, em Teresina, desde maio, onde enfrentou a doença com coragem, gerando grande comoção e solidariedade em sua cidade natal.
Uma trajetória de força e determinação
Próxima de concluir a faculdade de medicina, Maria Clara sonhava em atuar na saúde pública, mesmo diante de dificuldades pessoais. Durante sua internação, destacou-se pela força com que enfrentou os desafios, inspirando amigos e colegas, que a descrevem como uma pessoa cheia de vida e comprometida com a medicina. A família anunciou que o velório será privado, conforme o desejo da jovem.
Porfiria Aguda Intermitente: uma condição rara e debilitante
A Porfiria Aguda Intermitente é uma desordem genética que afeta a produção de hemoglobina, causando fortes dores abdominais e problemas neurológicos. Com maior incidência entre mulheres, a doença se manifesta após a puberdade e é marcada por crises intensas, com sintomas como náuseas, convulsões e dores severas.
Desafios no diagnóstico
No caso de Maria Clara, o diagnóstico inicial foi confundido com dengue, um erro comum devido à semelhança dos primeiros sintomas. Após o agravamento do quadro, ela foi transferida para a UTI, onde recebeu cuidados intensivos. A situação reforça a necessidade de maior conscientização sobre doenças raras, que frequentemente são subdiagnosticadas.
Reflexão sobre doenças raras e o sistema de saúde
A morte de Maria Clara Sabóia levanta discussões sobre a saúde pública, especialmente no manejo de doenças raras. Sua história é um lembrete da importância de melhorar o diagnóstico e tratamento dessas condições, além de destacar a urgência de mais pesquisas sobre doenças raras no Brasil.