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Exclusivo: ‘Sheik dos Bitcoins’ é condenado a 56 anos de prisão pela Justiça Federal

Francisley Valdevino, conhecido como Sheik dos Bitcoins, foi condenado a 56 anos por fraude que prejudicou 15 mil pessoas, incluindo famosos como Sasha Meneghel e Jucilei

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Sheik dos Bitcoins. Foto: Reprodução

A Justiça Federal do Paraná condenou, nesta quinta-feira (10), o empresário Francisley Valdevino da Silva, mais conhecido como Sheik dos Bitcoins, a 56 anos de prisão, em regime inicialmente fechado.

O esquema comandado pelo Sheik dos Bitcoins produziu 15 mil vítimas no Brasil e tem como vítimas algumas celebridades. Ainda no comunicado da Justiça Federal, foi determinado que o empresário apresente, no prazo de 24 horas, o passaporte e fique proibido de se ausentar da Comarca de Curitiba, bem como de se ausentar do Brasil.

Na lista das vítimas encontram-se famosos como Sasha Meneghel, filha de Xuxa, e o ex-jogador Jucilei, com passagens por grandes clubes do futebol brasileiro como Corinthians e São Paulo, além de defender a camisa da seleção brasileira. A modelo abriu um processo contra o investigado para recuperar R$1,2 milhão investido. Segundo a polícia, o ex-atleta teve prejuízo na casa de R$ 45 milhões.

Segundo a decisão da Justiça, as vítimas só interessavam ao acusado como meio de atingir seus objetivos egoístas. O réu as cooptava com a promessa de remuneração muito acima daquela praticada no mercado financeiro e com ares de licitude, uma vez que era possível acompanhar os rendimentos por meio de plataforma virtual.

A aplicação parecia ser real e bastante sofisticada. Porém, tudo era apenas formalidade, um estratagema para ludibriar as vítimas. O acusado abriu mais de 80 (oitenta) empresas como forma de diluir e pulverizar as suas responsabilidades, mas também com o objetivo de a cada inadimplência de uma empresa e encerramento das atividades, após deixar os clientes no prejuízo, iniciar um novo modelo de negócio, como ocorreu, por exemplo, com a Intergalaxy Holdings S/A.

O Ministério Público Federal também requereu o confisco de todos os bens adquiridos pelos denunciados no período em que as empresas realizaram as atividades, além de fixação de valor mínimo para reparação dos danos causados, estimados entre R$583 milhões e R$1.15 bilhão. Os valores são correspondentes às vantagens ilícitas que os réus obtiveram considerando todas as vítimas lesadas.

Outros cinco réus no processo também foram condenados no processo.

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