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Inflação volta a subir no Brasil em setembro

IPCA foi de 0,44% no mês

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Alta de alimentos e da inflação castiga mais os pobres
Setor de Alimentos foi o que teve maior impacto na inflação (Imagem: Divulgação)

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro ficou em 0,44% e ficou 0,46 ponto percentual acima da taxa de agosto (-0,02%). No ano, o IPCA, a inflação oficial do país, acumula alta de 3,31% e, nos últimos 12 meses, de 4,42%, acima dos 4,24% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2023, a variação havia sido de 0,26%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Período Taxa
Setembro de 20240,44%
Agosto de 2024-0,02%
Setembro de 20230,26%
Acumulado no ano3,31%
Acumulado nos últimos 12 meses4,42%

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, dois tiveram maior influência nos resultados de setembro: Habitação (1,80%) e Alimentação e bebidas (0,50%), que contribuíram com 0,27 pontos percentuais (p.p.) e 0,11 p.p, respectivamente. Os demais grupos ficaram entre o -0,31% de Despesas pessoais e o 0,46% de Saúde e Cuidados Pessoais.

GrupoVariação (%)Impacto (p.p.)
AgostoSetembroAgostoSetembro
Índice Geral-0,020,44-0,020,44
Alimentação e bebidas-0,440,50-0,090,11
Habitação-0,511,80-0,080,27
Artigos de residência0,74-0,190,03-0,01
Vestuário0,390,180,020,01
Transportes0,000,140,000,03
Saúde e cuidados pessoais0,250,460,030,06
Despesas pessoais0,25-0,310,03-0,03
Educação0,730,050,040,00
Comunicação0,10-0,050,000,00
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços    

No grupo Habitação (1,80%), o resultado foi influenciado, principalmente, pela energia elétrica residencial, que passou de -2,77% em agosto para 5,36% em setembro, com a vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 1, que acrescenta R$4,463 a cada 100kwh consumidos. Além disso, foram verificados os seguintes reajustes tarifários: Porto Alegre (7,01%), com reajuste médio de 0,06% em uma das concessionárias de energia a partir de 19 de agosto; Vitória(6,79%), com redução de 1,96% a partir de 7 de agosto; São Luís (4,07%), com redução de 1,11% a partir de 28 de agosto; e Belém (2,79%), com redução de 2,75% a partir de 7 de agosto.

Também foram verificados reajustes tarifários na taxa de água e esgoto (0,08%), nas seguintes áreas: Fortaleza (1,46%), com reajuste de 8,05% a partir de 5 de agostoSalvador (0,36%), com reajuste de 5,81% a partir de 1° de agosto; e Vitória (0,27%), com reajuste de 4,31% a partir de 1º de agosto.

Ainda em Habitação, destaca-se o aumento do gás de botijão (2,40%). Além disso, o resultado do gás encanado (0,02%) decorre do reajuste médio de 2,77%, no Rio de Janeiro (0,17%), a partir de 1º de agosto; e da mudança na estrutura das faixas de consumo nas faturas em Curitiba, a partir de 1º de agosto (-0,25%).

1 comentário

1 comentário

  1. Oliveira

    9 de outubro de 2024 em 11:52

    Está tudo muito caro. Mercado, feira livre, lazer. Tudo um escândalo de caro.

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