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Gigantes cósmicos: Qual o tamanho máximo de um buraco negro?

Ultramassivos: A nova classe de buracos negros monstruosos

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Gigantes cósmicos: Qual o tamanho máximo de um buraco negro?
Créditos: depositphotos.com / StudioLightAndShade

No coração da nossa galáxia, um colosso cósmico reside. Este buraco negro, conhecido como Sagitário A*, não apenas ostenta uma massa milhões de vezes maior que a do Sol, mas também dita a formação e evolução da Via Láctea. A força gravitacional esmagadora deste supermassivo engole estrelas desavisadas que se aproximam demais, transformando-as em histórias esquecidas. Mas, acredite ou não, no vasto teatro do universo, Sagitário A* é apenas um coadjuvante. Nos últimos anos, os astrônomos identificaram uma nova classe de buracos negros: os ultramassivos.

Os buracos negros ultramassivos apresentam massas inimagináveis, algumas 1.000 vezes maiores que Sagitário A*, e seu tamanho chega a engolir todo o nosso sistema solar! Com a ajuda do Telescópio Espacial James Webb (JWST), os cientistas estão desvendando mistérios sobre como estes gigantes cresceram logo após o Big Bang. Perguntas permanecem: até onde podem chegar em tamanho e de onde exatamente se originaram?

O que são Buracos Negros Ultramassivos?

Os buracos negros ultramassivos são enigmas astrofísicos, pesando mais de 10 bilhões de vezes a massa do Sol. Eles desafiam nossa compreensão atual de como os buracos negros crescem, especialmente considerando que o universo tem apenas 13,7 bilhões de anos. Normalmente, os buracos negros crescem ao devorar matéria, mas a quantidade de material disponível e o tempo parecem insuficientes para explicar suas proporções colossais.

James Nightingale, um cosmólogo do Reino Unido, descobriu um buraco negro com 33 bilhões de massas solares, apenas em 2024. Isso só foi possível porque o buraco negro distorcia a luz de uma galáxia ao fundo, revelando sua presença. Os astrônomos acreditam que esses buracos negros nasceram precocemente no universo e devoraram matéria em uma escala selvagem, algo que nossos modelos atuais de formação não previam.

Como buracos negros tão massivos crescem tão rapidamente?

Alguns acreditam que esses gigantes começaram a crescer a partir da morte de estrelas primordiais chamadas de estrelas População III. Estas estrelas, maciças e feitas de hidrogênio e hélio, podem ter deixado para trás buracos negros mais pesados do que o comum. Outra teoria sugere que nuvens de gás, sob condições específicas, podem ter se colapsado diretamente em buracos negros, sem passar pelo estágio estelar. Ambos os cenários ajudariam a explicar o surgimento de supermassivos já nos primeiros milhões de anos do universo.

Créditos: depositphotos.com / Elf+11

O que poderia estar escondido no universo?

Embora o maior buraco negro conhecido, Ton 618, tenha uma massa de 66 bilhões de vezes a do Sol, teóricos não descartam a possibilidade de haver buracos negros ainda maiores. Alguns estimam que essas entidades, chamadas de buracos negros estupendamente grandes, podem atingir trilhões de massas solares, se alimentando a um ritmo mais rápido do que o esperado.

  • É possível que esses gigantes estejam escondidos nos confins de galáxias distantes.
  • Alguns podem já estar “adormecidos”, após consumirem matéria de forma intensa em suas infâncias cósmicas.
  • A tecnologia atual, como o JWST, amplia nossas fronteiras, mas ainda não conseguimos avistar tais gigantes.

Curiosidades sobre buracos negros

  • Se você cair em um buraco negro ultramassivo: a famosa espaguetificação não ocorreria devido à menor diferença gravitacional entre cabeça e pés.
  • Os jatos de rádio: Muitos buracos negros emitem jatos poderosos que se estendem por milhões de anos-luz.
  • Discos de acreção: Compostos por gás e matéria que emitem raios X, esses discos espiralam com velocidades próximas à da luz enquanto são devorados pelo buraco negro.

A exploração contínua do cosmos provavelmente trará mais surpresas, revelando segredos escondidos nas profundezas do universo. O que já sabemos é que a verdadeira natureza dos buracos negros ultramassivos continua a deslumbrar cientistas e desafiar nossos conhecimentos.

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