Eleições 2024

Acusações de apadrinhamentos dominam último debate na TV antes do 1º turno no Rio

Candidatos à Prefeitura do Rio trocam farpas, com menções a Jair Bolsonaro e Lula, em encontro decisivo antes do primeiro turno.

Publicado

04/10/24 03:00

Por

Marcos Antônio de Jesus

(Foto: Marcos Antonio de Jesus / Super Rádio Tupi)

O debate promovido pela TV Globo na noite de quinta-feira (3), com os cinco candidatos mais bem colocados na disputa pela Prefeitura do Rio, foi marcado por intensas trocas de acusações sobre apadrinhamentos políticos, com menções frequentes a Jair Bolsonaro e Lula.

Alexandre Ramagem e Rodrigo Amorim se posicionaram diretamente contra a administração de Eduardo Paes, que também foi criticado por Marcelo Queiroz e Tarcísio Mota. Enquanto Ramagem se apresentou como candidato contra a polarização, Mota se destacou como o verdadeiro representante do “Campo Progressista”.

Eduardo Paes lembrou das obras já realizadas em sua gestão e expressou seu desejo de que a eleição terminasse no primeiro turno, embora estivesse preparado para um possível segundo turno.

Tarcísio Mota comentou sobre o impacto das eleições de domingo em 2026, afirmando: “Nós estamos alertando para essas pessoas que acreditam no futuro pela esquerda de que todas as vezes que a esquerda recua para esse pragmatismo, quem avança é a direita, não somos nós. Isso é o caminho pavimentado para uma vitória do Bolsonaro em 2026 e a gente está fazendo nosso papel para resistir na esquerda, na mobilização, na militância, para que a gente possa derrotar a extrema-direita hoje e no futuro.”

Marcelo Queiroz destacou sua experiência como secretário municipal e estadual, afirmando: “Quando a gente realizou o maior programa de castração gratuita do mundo, são 500 mil castrações já efetuadas, acho que é um programa que é uma referência no mundo. Eu tenho muito orgulho de ter feito, eu acho que a ideia é exatamente a gente reproduzir boas práticas como essas na prefeitura do Rio de Janeiro.”

Rodrigo Amorim expressou seu objetivo de levar o pleito para o segundo turno: “A gente tem propostas e acredita nessas propostas, então a gente pede o voto para quem acredita, para quem confia, e eu tenho certeza que a soma dos votos vai levar a eleição para o segundo turno. E no caso de um segundo turno, que é o que a gente acredita, logicamente, por fidelidade, a gente vai estar no campo ideológico que a gente considera o mais adequado e vai junto com o Ramagem livrar o Rio de Janeiro de Eduardo Paes.”

Alexandre Ramagem se mostrou confiante: “Eu não estou muito atento à matemática de quando chegar ou não, a gente está crescendo no viés de crescimento, o atual prefeito está no viés de queda, nós temos tudo para chegar no segundo turno e ganhar essas eleições. Quem está no viés de queda, o segundo turno vai sempre mais favorecer.”

Por sua vez, Eduardo Paes lamentou a falta de discussão sobre propostas durante o debate: “Eu já esperava isso, de certa maneira, óbvio que o bom é quando as pessoas que elogiam, mas dentro do debate desses que as pessoas estão me criticando, é algo que eu gostaria de ter ouvido mais proposta.”

O debate foi dividido em quatro blocos e não contou com a presença de plateia, o que contribuiu para a celeridade do encontro entre os candidatos.