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Mais de 15 milhões de litros de água contaminada com esgoto deixarão de ser lançados em rios em Mesquita todos os dias

Obras da Águas do Rio para implantação do Sistema de Coleta em Tempo Seco incluem a instalação de duas estações de bombeamento de esgoto

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Mais de 15 milhões de litros de água contaminada com esgoto deixarão de ser lançados em rios em Mesquita | Foto: Divulgação

A Águas do Rio está dando um importante passo para o avanço no serviço de esgotamento sanitário de Mesquita, na Baixada Fluminense. No município, duas estações de bombeamento de esgoto de grande porte estão sendo reformadas, fazendo parte do sistema de Coleta em Tempo Seco (CTS) na cidade. Com essas ações, além de promover saúde para a população, mais de 15 milhões de litros de água contaminada com esgoto deixarão de ser lançados diariamente nos rios Dona Eugênia e Sarapuí, que têm como destino a Baía de Guanabara.

Segundo planejamento realizado pela concessionária, os sistemas de bombeamento, as chamadas Elevatórias de Esgoto (EEs), localizadas nos bairros de Chatuba e Edson Passos terão capacidade para transportar 175 litros de esgoto por segundo. “O investimento para a revitalização das elevatórias é fundamental no projeto de implantação do Coletor em Tempo Seco, pois essas estruturas vão bombear todo o esgoto interceptado nas galerias pluviais e direcioná-lo para a Estação de Tratamento (ETE) Sarapuí, em Belford Roxo”, explicou Felipe Esteves, diretor executivo da Águas do Rio, com atuação na Baixada Fluminense.

O avanço das obras é um dos marcos contratuais da Águas do Rio, que prevê a instalação do CTS em regiões onde não há rede separadora absoluta, ou seja, onde a água da chuva e o esgoto proveniente de atividades domésticas e industriais são captados pelo mesmo sistema.

Marco para a população de Mesquita

Com essas iniciativas, mais de 65 mil moradores serão beneficiados. Dentre eles, a Márcia Liro, 56 anos, que mora às margens do Rio Dona Eugênia, na comunidade do Sebinho há 25 anos. A dona de casa conta que criou três filhos, 12 netos e três bisnetos, acompanhando a degradação do rio e temendo pela saúde da família, que já sofreu com doenças causadas pelo contato com o esgoto.

“Há muitos anos eu convivo com essa realidade de morar ao lado de um rio, que aos poucos, se transformou em um grande valão. Eu faço o que posso, mobilizo os vizinhos, falo sobre a importância de nos protegermos, meus netos não andam descalços de forma alguma. Todos os dias eu limpo a rua, mas sei que ainda é muito pouco”, contou Márcia, que agora acompanha as mudanças:

“Quando vi que as obras começaram, eu nem acreditei porque tenho a sensação de que o tratamento de esgoto vai trazer uma visibilidade que a gente não tem, hoje eu ainda me sinto invisível, mas vendo essas obras, começo a ter esperança de que os meus bisnetos vão crescer sem o mau cheiro e sem o medo de pegar uma doença grave”, contou.

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