Saúde
Musicoterapia pode melhorar a qualidade de vida de pacientes oncológicos
A musicoterapia pode ser uma maneira poderosa de promover bem-estar, especialmente em pacientes que enfrentam condições de saúde graves como o câncer. A musicoterapeuta Lorrie Kubicek tem incentivado muitos pacientes a adotar o ukulele como método de aliviar o estresse e transformar a experiência hospitalar em algo positivo. “Em vez de dizer ‘preciso ir ao hospital para fazer quimio’, os pacientes começam a dizer ‘preciso ir ao hospital para fazer minha aula de ukulele’”, afirma Kubicek.
Mas a musicoterapia vai além de ser uma atividade agradável; ela é um campo emergente que une arte e medicina para oferecer benefícios tangíveis. Com raízes antigas, como o caractere chinês para medicina que inclui o caractere para música, esse ramo da terapia ajudou a reabilitar veteranos da Segunda Guerra Mundial e continua prestando seu auxílio até hoje. Intervenções personalizadas, como cantar, compor, tocar um instrumento, ouvir música ou se mover ao ritmo, atuam em várias áreas da medicina.
Musicoterapia no Tratamento Oncológico
A musicoterapia tem se mostrado eficaz no manejo dos sintomas e efeitos colaterais do tratamento oncológico. As abordagens incluem cantar, tocar um instrumento e até mesmo compor músicas, cada uma adaptada às necessidades individuais dos pacientes. “Vemos benefícios na redução da ansiedade, no alívio da dor e na promoção do sono”, diz Kubicek.
Segundo uma revisão de pesquisa publicada em 2021 na revista Psychiatry Research, as intervenções musicais podem proporcionar alívio significativo durante o tratamento médico. “A música nos conecta a uma parte de nós mesmos que está bem, não importa o desafio que enfrentamos,” comenta Kubicek.
Como a Musicoterapia Funciona?
Mas como exatamente a musicoterapia funciona? A terapia começa com uma avaliação individual, na qual um musicoterapeuta explora como o paciente se relaciona com a música e quais problemas ele enfrenta. “Combinamos essas informações com práticas baseadas em evidências para ajudar os pacientes a avançarem em direção aos seus objetivos,” explica Kubicek.
Isso é especialmente relevante para pacientes com doenças psiquiátricas como a depressão. Estudos recentes mostram que a musicoterapia pode “trazer a energia e a alegria de volta em um momento negativo da vida,” segundo Kubicek. A musicoterapia também teve efeitos positivos em pacientes com Alzheimer, melhorando a memória, a atenção e a orientação.
Quem Pode se Beneficiar da Musicoterapia?
Independentemente do diagnóstico, a musicoterapia pode ser benéfica, desde que você tenha uma conexão com a música. “Você não precisa ser músico. Você só precisa amar música e ter algo que queira desenvolver ou nutrir,” comenta Kubicek. Ela recomenda aos pacientes que peçam a seus médicos um encaminhamento para programas de musicoterapia disponíveis em hospitais ou clínicas locais.
- Redução da ansiedade
- Alívio da dor
- Promoção do sono
- Melhora da atenção e memória
- Conexão social e emocional
Para maximizar os benefícios da terapia, é importante encontrar um equilíbrio entre explorar novos métodos e permanecer na sua zona de conforto. “Quando exploramos a música, geralmente tentamos algo novo pela primeira vez,” diz Kubicek. “Encontre essa ‘zona de alongamento’ porque você não sabe o impacto completo que a música pode ter até tentar.”