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Saúde

Superbactéria, um desafio global para a saúde pública

Entenda o impacto global das superbactérias e as estratégias para combatê-las

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Superbactéria, um desafio global para a saúde pública
Créditos: depositphotos.com / Adikk

Em uma recente publicação na revista científica The Lancet, o impacto das superbactérias na saúde pública global foi novamente destacado. Este estudo alarmante projeta que, até 2050, esses microrganismos resistentes a múltiplos antibióticos podem ser responsáveis pela morte de mais de 39 milhões de pessoas. Este problema é especialmente preocupante para a população idosa.

Superbactérias são microrganismos que conseguiram desenvolver mecanismos de resistência contra a ação de diversos antibióticos, tornando o tratamento de infecções extremamente complexo. A origem dessa resistência pode ser atribuída a mutações ou à aquisição de genes de outras bactérias, oferecendo uma defesa robusta contra medicamentos tradicionalmente efetivos.

Por Que as Superbactérias São Tão Preocupantes?

A resistência aos antibióticos se intensifica principalmente devido ao uso inadequado ou excessivo desses medicamentos em humanos e animais. Cada vez que utilizamos antibióticos de forma desnecessária, aumentamos a probabilidade de as bactérias sobreviverem e se adaptarem, criando microrganismos cada vez mais resistentes.

De acordo com a pesquisa mais recente, as mortes relacionadas à resistência a medicamentos (RAM) diminuíram entre crianças pequenas, graças a melhorias em vacinas e higiene. No entanto, os números são alarmantes entre as pessoas mais velhas. O estudo, conduzido pelo Projeto Global de Pesquisa sobre Resistência Antimicrobiana (GRAM), projeta um aumento significativo de mortes anuais, passando de 1,91 milhão em 2021 para cerca de 39 milhões até 2050.

Como Podemos Combater as Superbactérias?

Os dados analisados por 204 países e territórios deixam claro que a prevenção e o desenvolvimento de novos antibióticos são cruciais para evitar milhões de mortes. Entretanto, a opinião dos pesquisadores é unânime: são necessários mais investimentos internacionais.

“Aproximadamente três quartos das infecções relacionadas à RAM estão ligadas a infecções hospitalares, e uma população em envelhecimento rápido também necessita de mais cuidados hospitalares”, observa o professor Dr. Tomislav Meštrovic, da Universidade do Norte da Croácia, um dos membros do estudo. Ele também destaca que as vacinas tendem a ser menos eficazes em idosos, o que aumenta a vulnerabilidade desse grupo a infecções resistentes a medicamentos.

Onde o Problema é Mais Grave?

As regiões do sul da Ásia, como Índia, Paquistão e Bangladesh, além da África Subsaariana, são as mais propensas a sofrer com o aumento de mortes devido à RAM. No entanto, essas áreas também podem se beneficiar significativamente com melhorias no acesso a cuidados de saúde e antibióticos apropriados.

  • Melhorias em vacinas e higiene: Contribuem para a redução das mortes em crianças pequenas.
  • Cuidado hospitalar adequado: Essencial para a população idosa e para controlar infecções hospitalares.
  • Desenvolvimento de novos antibióticos: Fundamental para combater a resistência bacteriana.
  • Investimentos internacionais: Necessários para criar uma infraestrutura global capaz de responder à ameaça das superbactérias.

Embora a batalha contra as superbactérias seja complexa, é essencial lembrar que medidas preventivas, desenvolvimento de novos tratamentos e investimentos em saúde pública são passos fundamentais para superar este desafio global. A conscientização sobre o uso adequado de antibióticos e a importância de novas políticas de saúde podem fazer a diferença na luta contra esse inimigo invisível.

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