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Com suspensão do X, autoridades migraram para novas redes sociais

Órgãos públicos, incluindo o STF e ministérios, aderiram ao Bluesky, que enfrenta desafios com perfis falsos e falta de representatividade legal no país.

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Rede social X, antigo Twitter.
Rede social X, antigo Twitter. Foto: Reprodução / Redes sociais

Com a suspensão do X no Brasil na sexta-feira, 30 de agosto, autoridades e órgãos públicos rapidamente começaram a migrar para plataformas alternativas. Entre as principais opções estão o BlueSky, que testemunhou um influxo de mais de 1 milhão de novos usuários brasileiros em apenas três dias, e o Threads, do grupo Meta.

O Supremo Tribunal Federal (STF) está entre as instituições que aderiram ao BlueSky, criando seu perfil oficial na mesma sexta-feira em que a suspensão foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes. Durante esse processo, os assessores do STF identificaram diversos perfis falsos se passando pela Corte e solicitaram à administração do BlueSky que fossem removidos. Até a tarde de segunda-feira, 2 de setembro de 2024, o perfil oficial do STF já contava com quase 3 mil seguidores, embora ainda não tivesse feito nenhuma publicação.

Órgãos Governamentais no BlueSky

O STF não está sozinho nessa migração. Ministros do Supremo, como Flávio Dino e Cristiano Zanin, também aderiram ao BlueSky. “Boa noite a todos. Estou oficialmente usando o BlueSky para me comunicar”, escreveu Zanin. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) também já criaram suas contas na plataforma.

Por que os Órgãos Públicos Estão Migrando para BlueSky?

A suspensão do X motivou muitos órgãos do governo federal a aderirem ao BlueSky, incluindo perfis da Presidência da República e da Secretaria de Comunicação Social (SecomVc), além do perfil oficial do Governo do Brasil. As publicações inaugurais começaram no domingo, 1º de setembro de 2024. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que já estava na plataforma desde abril, e o ministro Silvio de Almeida, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, são exemplos notáveis de figuras públicas presentes no BlueSky.

BlueSky Tem Crescimento Acelerado no Brasil

A adesão ao BlueSky não se limita ao executivo. Muitos ministérios, como o da Justiça e o do Meio Ambiente, já estavam na plataforma antes da suspensão do X. O Ministério da Fazenda e seu titular, Fernando Haddad, também se uniram ao BlueSky nesta semana. Isso mostra como a plataforma está rapidamente se tornando um novo espaço para comunicação oficial no Brasil.

  • Adequação jurídica é um desafio futuro
  • No momento, BlueSky não possui representante legal no Brasil
  • O crescimento no número de usuários cria uma urgência para resolver essa questão

Perfis Falsos São Um Problema

Apesar da rápida adesão, a plataforma enfrenta desafios. Muitos perfis falsos de autoridades, como o próprio Alexandre de Moraes, surgiram logo em seguida à suspensão do X. Contudo, à medida que mais autoridades confirmam sua presença na plataforma, esses perfis falsos tendem a diminuir. Isso ocorreu com o STF, onde as contas falsas foram sendo deletadas após a entrada oficial da Corte no BlueSky.

BlueSky Está Preparada para Cumprir as Leis Brasileiras?

Um dos principais obstáculos que o BlueSky enfrentará nas próximas semanas é a falta de um representante legal no Brasil. A legislação brasileira exige que empresas estrangeiras operando no país tenham uma representação jurídica. A ausência deste representante foi uma das razões para a suspensão do X no Brasil pelo ministro Alexandre de Moraes.

Fundada em 2022 e com sede nos Estados Unidos, a BlueSky tem quase 8 milhões de usuários em todo o mundo. Em resposta ao aumento de usuários brasileiros, a plataforma afirmou que está tomando medidas para cumprir a legislação brasileira, incluindo a contratação de advogados nos EUA e no Brasil. Somente na última semana, a BlueSky registrou 2 milhões de novos usuários, representando 25% de sua base total de usuários globais.

  1. Verificar a autenticidade dos perfis oficiais
  2. Identificar e denunciar perfis falsos
  3. Seguir as atualizações das instituições oficiais para informações verídicas

Com a entrada crescente de autoridades e outros atores importantes, a expectativa é de que o BlueSky se torne um ambiente mais seguro e confiável para a comunicação oficial e pública no Brasil.

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