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Esquema de adulteração de máquinas de bichinhos de pelúcia é alvo da polícia

Operação da Polícia Civil visa cumprir 19 mandados de busca e apreensão em locais ligados à exploração de máquinas de pelúcia

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Foto: Reprodução / Redes sociais

Policiais civis da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), em conjunto com a Polícia Civil de Santa Catarina, realizaram, nesta quarta-feira (28), operação que tem como objetivo cumprir 19 mandados de busca e apreensão em locais ligados à exploração de máquinas de pelúcia.

Essas máquinas estariam sendo usadas para cometer crimes contra a economia popular, contra o consumidor, contra a propriedade imaterial, além de associação criminosa e contravenção de jogo de azar.

A operação, batizada de Mãos Leves 2, cumpre mandados no Rio de Janeiro, Baixada Fluminense e em Santa Catarina.

As investigações começaram após surgirem informações de que duas empresas utilizavam bonecos de pelúcia falsificados de personagens de marcas registradas em máquinas espalhadas por shoppings centers da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Essas informações levaram à deflagração da Operação Mãos Leves 1 em maio deste ano, na qual foram apreendidas várias máquinas e uma grande quantidade de pelúcias falsificadas.

Durante o inquérito, exames realizados por peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) revelaram que o sistema eletrônico das máquinas pode ser programado para que o jogador só consiga capturar a pelúcia após um certo número de tentativas.

De acordo com o laudo pericial, o sistema inclui um contador de jogadas que, conforme a programação feita pelo operador das máquinas, libera uma corrente elétrica suficiente para o sucesso na captura da pelúcia apenas depois de um número determinado de tentativas.

Caso esse número não seja atingido, a corrente elétrica enviada gera uma potência insuficiente para capturar a pelúcia, configurando um processo fraudulento que engana os consumidores.

Além disso, foi descoberto que um dos alvos da operação já havia sido investigado anteriormente pela prática de jogo de azar com máquinas caça-níqueis, o que levantou suspeitas sobre a possível participação de organizações criminosas, como o “jogo do bicho”, na atividade.

Durante a operação, os policiais buscam apreender, além das máquinas e das pelúcias falsificadas, celulares, computadores, notebooks, tablets e documentos, que serão analisados para desvendar a estrutura do grupo criminoso e identificar outros participantes e eventuais organizações criminosas envolvidas. As investigações continuarão para apurar a possível prática de lavagem de dinheiro e outros crimes financeiros relacionados.

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