Existe uma saída para a poluição em São Paulo? Descubra!

A foto de São Paulo no fim da tarde de 19 de agosto de 2024 revelou um horizonte poluído, refletindo a má qualidade do ar em vários bairros da capital paulista. Nesta data, a classificação indicativa da qualidade do ar chegou a níveis “ruins” e até “muito ruins”, a segunda pior categorização na escala definida pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB). A escala da CETESB vai de “bom”, passando por “moderado”, “ruim”, “muito ruim”, até “péssimo”, avaliando diversos tipos de poluentes.

Nesta terça-feira, 20 de agosto de 2024, a situação se repetiu com a qualidade do ar sendo novamente considerada “muito ruim”. A causa principal foi o excesso de material particulado fino (mp2,5) e ozônio (O3), que contribuem significativamente para a poluição atmosférica em São Paulo.

O Impacto da Qualidade do Ar em São Paulo

Apenas 23 dias de chuva foram registrados em São Paulo nos últimos cinco meses, segundo a CETESB. Desde o início de abril até 20 de agosto de 2024, a cidade enfrentou uma escassez de precipitações volumosas, com 43,8 mm de chuva sendo registrados apenas no dia 10 de agosto. Esta cifra superou a média histórica de 32 mm para o mês, porém, não foi suficiente para atenuar a má qualidade do ar ou elevar a umidade acima de níveis críticos (<20%).

Quando a Qualidade do Ar em São Paulo vai Melhorar?

Para a Grande São Paulo começar a respirar um ar menos poluído, são necessários chuvas e ventos moderados. Chuviscos e brisas não têm a capacidade de realizar a “faxina” atmosférica necessária. A previsão indica que somente no próximo fim de semana, com a chegada de uma nova e forte frente fria, a capital paulista poderá ver alguma melhoria na qualidade do ar.

Como a População Está Sendo Afectada?

Os cidadãos de São Paulo vivem uma situação atípica, com calor e baixa umidade. A passagem dessa nova frente fria trará uma mudança radical no clima. Para sexta-feira, 23 de agosto, são esperadas temperaturas de até 32°C. No entanto, no sábado, 24 de agosto, a máxima não deve passar dos 22°C. Já o domingo promete ser gelado e chuvoso, com temperaturas caindo abaixo de 10°C na madrugada.

Para relembrar os dias de chuva desde abril até agora:

• Abril: 7 dias de chuva em 30 dias

• Maio: 5 dias de chuva em 31 dias

• Junho: 0 dias de chuva em 30 dias

• Julho: 2 dias de chuva em 31 dias

• Agosto: 2 dias de chuva até o dia 20

É evidente que a falta de dias chuvosos contribui para a piora da qualidade do ar, criando um cenário preocupante para os moradores da metrópole. Medidas preventivas, como a redução do uso de veículos particulares e o consumo consciente de energia, podem ajudar, mas a solução a longo prazo dependerá de políticas ambientais eficazes e mudanças climáticas favoráveis.

Portanto, os habitantes da Grande São Paulo devem estar preparados para ajustes no clima e expectativas de melhorias apenas quando houver chuvas significativas e ventos moderados, limpando, assim, a atmosfera da cidade.