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As redes sociais estão destruindo as crianças e adolescentes? Entenda!

Entenda os riscos e preocupações das redes sociais em crianças e adolescentes,

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As redes sociais estão destruindo as crianças e adolescentes? Entenda!
Créditos: depositphotos.com / AndrewLozovyi

No ano passado, Vivek Murthy, a autoridade máxima em saúde pública dos Estados Unidos, publicou um relatório alarmante. Ele destacou que não há evidências suficientes para determinar se as redes sociais são seguras para crianças e adolescentes. Esse alerta provocou um debate urgente sobre o impacto das redes sociais nos mais jovens.

Dois meses depois, um relatório da Unesco adicionou outra peça ao quebra-cabeça. O documento destacou os efeitos nocivos das telas no desempenho dos alunos e revelou que 1 em cada 4 países já implementou regras para restringir o uso de celulares nas escolas. Esses alertas sublinham a necessidade de ações concretas para proteger os jovens.

Quais são os Riscos das Redes Sociais para os Jovens?

Segundo Daniel Becker, pediatra e professor da UFRJ, os efeitos nocivos do uso excessivo das redes sociais vão desde problemas cognitivos a questões de saúde mental. Estudos recentes demonstraram que adolescentes com dependência em internet sofrem alterações cerebrais que afetam a capacidade intelectual e a coordenação física. Além disso, existem riscos associados ao conteúdo nocivo disseminado nas redes.

O Que Dizem os Especialistas?

Durante um mergulho profundo no tema, especialistas, famílias e autoridades de 12 países latino-americanos foram ouvidos. Miguel Vallejos Flores, especialista em psicologia de vícios, comentou que o uso prolongado de dispositivos eletrônicos pode alterar a química cerebral, causando dependência psicológica.

Já Abril María Arias Taveras, psicóloga clínica, relatou casos extremos, como crianças fazendo suas necessidades fisiológicas na cadeira para não deixar os aparelhos.

Como as Redes Sociais Estão Afetando a Saúde Mental?

A má utilização das redes sociais também leva a sérios problemas de socialização. No Peru, por exemplo, um grupo de estudantes modificou fotos e vídeos de suas colegas para transformá-los em material pornográfico.

Casos de desafios perigosos, como o “Desafio dos Desmaio” no TikTok, também são preocupantes. A advogada peruana Virginia Nakagawa alerta sobre esses desafios virais e a necessidade urgente de estratégias eficazes para proteger os menores.

Qual é o Papel das Escolas?

Escolas em todo o mundo estão adotando medidas restritivas para o uso de celulares em sala de aula. O Rio de Janeiro, pioneiro no Brasil, teve uma experiência positiva com a proibição.

Renan Ferreirinha, secretário de Educação, relatou que a adesão foi forte entre famílias e educadores. Essa medida visa promover uma cultura de aprendizagem e interação social, essencial para o desenvolvimento dos jovens.

Como as Famílias Podem Ajudar?

As famílias desempenham um papel vital na regulação do uso de telas e dispositivos. Melina Furman recomenda estabelecer regras claras sobre o tempo de uso e retardar ao máximo a entrega do primeiro celular.

Além disso, movimentos como o “Infância Sem Smartphones” estão ganhando força, incentivando comunidades a proteger uma infância livre de telas.

Que Medidas o Poder Público Está Tomando?

No Brasil, foi criado o Departamento de Direitos na Rede e Educação Midiática, que está elaborando o primeiro guia oficial para uso consciente de telas. Ricardo Horta, que participa da elaboração, afirma que é crucial diferenciar entre o impacto de assistir TV e o de passar horas nas redes sociais. A televisão tem uma curadoria de conteúdo, ao contrário das redes sociais que priorizam conteúdos apelativos por algoritmos.

O Que as Plataformas Estão Fazendo?

Plataformas como o Facebook, Instagram e TikTok implementaram algumas medidas para controlar o uso por menores de idade. Ferramentas de controle parental, limites de tempo de acesso e moderação de conteúdo são algumas das medidas adotadas. No entanto, muitos especialistas acreditam que essas empresas precisam fazer mais para garantir a segurança dos jovens online.

  • É crucial que plataformas garantam a autenticidade das idades dos usuários.
  • Moderem de forma mais eficaz os conteúdos publicados.
  • Criem ambientes mais seguros e regulados para os jovens.

Em resumo, a discussão sobre o impacto das redes sociais nas crianças e adolescentes é ampla e complexa. Medidas restritivas, regulamentações e uma educação mais consciente são essenciais para minimizar os riscos. Somente através de um esforço conjunto entre escolas, famílias, governos e plataformas poderemos garantir um ambiente digital mais seguro para os jovens.

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