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Aos 88 anos, morre galã do cinema francês: ‘Homem mais bonito do mundo’

Artista enfrentava problemas de saúde após sofrer um derrame em 2019

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Foto: Reprodução / Internet

Morreu neste domingo (18), aos 88 anos, o ator Alain Delon, um dos maiores ícones do cinema francês. Ele sofreu um derrame em 2019 e, desde então, enfrentava problemas de saúde. A morte foi anunciada em um comunicado oficial emitido pelos filhos do ator.

Alain Delon. Foto: Reprodução

“Alain Fabien, Anouchka, Anthony, assim como (seu cachorro) Loubo, têm a imensa tristeza de anunciar a partida de seu pai. Ele faleceu pacificamente em sua casa em Douchy, cercado por seus três filhos e sua família (…) A família pede gentilmente que sua privacidade seja respeitada neste momento extremamente doloroso de luto”, diz a nota.

Como foi a carreira de Alain Delon?

Nascido em 8 de novembro de 1935, em Sceaux, Hauts-de-Seine, na França, o ator teve uma juventude marcada por desafios. Antes de se tornar um dos grandes nomes do cinema mundial, trabalhou como aprendiz de açougueiro ao lado de seu pai. Aos 15 anos, abandonou os estudos e, aos 17, alistou-se na marinha francesa, participando da Guerra da Indochina. Após ser dispensado em 1955, mudou-se para Paris, onde sobreviveu com empregos modestos, como porteiro, garçom e vendedor.

Apesar de seu talento ser reconhecido desde cedo, o ator conquistou o prêmio César de melhor ator apenas em 1985, pela atuação no filme “Quartos Separados”, de Bertrand Blier. Esse reconhecimento tardio não impediu que sua carreira fosse marcada por grandes sucessos e prêmios internacionais. Delon tinha, sobretudo, o status de “homem mais bonito do mundo” em muitos países, inclusive na França. Em 1995, recebeu o Urso de Ouro honorário no Festival de Berlim, uma homenagem ao conjunto de sua obra.

Em 2019, já aos 83 anos, foi agraciado com a Palma de Ouro honorária no Festival de Cannes, consolidando sua trajetória e seu lugar na história como um dos grandes nomes do cinema mundial.

Repercussão da morte na imprensa francesa

A morte do ator gerou grande repercussão na imprensa francesa. O Le Monde destacou em sua página a declaração dos filhos, que enfatizaram que “o artista viveu sua arte com intensidade inigualável”. Já o jornal Le Parisien lamentou a perda do “monstro sagrado do cinema” e sua “carreira excepcional, mas também uma vida extremamente romântica”.

O periódico Le Figaro lembrou os últimos anos do artista, observando que “apesar da fama, da fortuna e do reconhecimento mundial, desde seu ataque cardíaco em 2019, Alain Delon não era mais a fera que havia sido durante muito tempo”.

O site da RFI em francês fez uma retrospectiva da carreira do ator, listando seus principais filmes e destacando os trabalhos mais importantes de sua trajetória, desde o auge até o declínio, já na terceira idade.

No site do diário Libération, foi publicada uma reflexão sobre a figura quase mitológica do ator: “Chegamos a acreditar que ele era imortal. Mas ele nos advertiu: ‘Um herói deve sempre saber como morrer’. E ele obviamente sabia”.

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