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Polícia prende ex-diretor da Petrobras condenado por corrupção em Volta Redonda

Foragido desde julho,ex-executivo já foi condenado em pelo menos 12 processos da Lava Jato

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Viatura da PF. Foto: Reprodução

A Polícia Federal prendeu um ex-diretor de serviços da Petrobras, de 69 anos, condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro na manhã deste sábado (17). O ex-diretor, que estava foragido, foi localizado em Volta Redonda, na Região Sul Fluminense.

A prisão ocorreu após uma operação coordenada pela Delegacia de Polícia Federal em Volta Redonda, com base em levantamentos de inteligência e informações compartilhadas pelo Núcleo de Capturas da PF no Rio de Janeiro (NUCAP/SO/DREX). O condenado foi encontrado em uma residência no bairro Niterói.

O mandado de prisão definitiva, que resultou na captura do ex-diretor, determina uma pena de 39 anos, 2 meses e 20 dias em regime fechado. Após a prisão, o ex-diretor foi encaminhado ao sistema prisional do estado do Rio de Janeiro, onde permanecerá à disposição da Justiça.

Ex-diretor da Petrobras, Renato Duque. Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Histórico de Duque

Renato Duque foi um dos principais alvos da operação Lava Jato, que revelou um vasto esquema de corrupção na diretoria de Serviços da Petrobras, liderada por ele à época.

Segundo o Ministério Público Federal, esse esquema facilitou o desvio de recursos públicos em diversas obras, como refinarias e gasodutos, além de contratos de sondas e outras contratações na estatal.

As investigações da Lava Jato descobriram que diretores da Petrobras solicitavam propina em troca de vantagens nesses contratos. Duque, como participante do esquema, teria recebido pagamentos ilícitos.

No total, Renato Duque foi condenado em pelo menos 12 processos na primeira instância, todos relacionados a crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

Preso em março de 2015, Duque foi liberado em março de 2020 para responder aos processos em liberdade, sob uma série de medidas restritivas. Essas medidas incluíam o uso de tornozeleira eletrônica, a entrega de seu passaporte e a proibição de contato com outros investigados na Lava Jato.