Economia
Novo golpe do pix preocupa clientes bancários em todo o Brasil
Fique atento! Novo golpe do Pix deixa clientes bancários em risco no BrasilO Pix, um método de pagamento que conquistou muitos brasileiros, está se tornando um alvo frequente para criminosos. O golpe do “Pix errado” tem gerado preocupação entre os clientes bancários, pois fraudes desse tipo nem sempre são cobertas pelos seguros. É essencial que os clientes estejam atentos às cláusulas das suas apólices de seguro.
O golpe é simples: os fraudadores enviam um Pix para a vítima e, em seguida, pedem a devolução do valor, geralmente pelo telefone ou utilizando chaves Pix. O cliente devolve ingenuamente o dinheiro para uma conta diferente da origem. Em seguida, o criminoso aciona o Mecanismo Especial de Devolução (MED), criado pelo Banco Central, para reaver o valor transferido.
Golpe do Pix Errado: Como Funciona?
Especialistas consideram esse golpe inadmissível, ressaltando que prejudica consumidores inocentes. Uma lacuna clara de informação entre o sistema financeiro e os consumidores tem facilitado esses crimes. Muitas pessoas que possuem seguro Pix acreditam que estão protegidas contra esse tipo de fraude, mas isso geralmente não é verdade.
Segundo Luã Cruz, coordenador do programa de Telecomunicações e Direitos Digitais do Idec (Instituto de Defesa de Consumidores), consumidores devem ler atentamente suas apólices de seguro. Grande parte dessas apólices não cobre fraudes por engenharia social. Por isso, é crucial verificar se estão protegidos contra esses riscos específicos.
O Que Cobre o Seguro Pix?
De acordo com Carlos Eduardo Silva, membro da comissão de afinidades da FenSeg (Federação Nacional de Seguros Gerais), o seguro Pix fornece proteção em situações específicas, como:
- Extorsão;
- Coação;
- Sequestro;
- Grave ameaça.
O seguro cobre transações financeiras indevidas realizadas sob algum tipo de ameaça. No entanto, se o cliente fornecer a senha ou fizer a transferência de forma voluntária, mesmo que induzido ao erro, não haverá cobertura.
Como se Proteger Contra o Golpe do Pix Errado?
O Banco Central orienta que, ao receber um Pix por engano, o valor deve ser devolvido pelos canais oficiais do banco. Essa funcionalidade está disponível em todos os aplicativos bancários até 90 dias após a transação. Portanto, o usuário não deve fazer um novo Pix para devolver o dinheiro, mas sim utilizar a opção de devolução no próprio sistema bancário.
Dessa forma, o cliente notifica sua instituição financeira e impede que uma nova devolução seja solicitada pelo fraudador ao sistema MED do Banco Central. Segundo o Idec, essa situação mostra uma grande lacuna na comunicação sobre o Mecanismo Especial de Devolução, tanto por parte das instituições financeiras quanto do Banco Central.
Assim, ao receber um valor inesperado, o consumidor deve pedir para que a pessoa que enviou o Pix errado acione o MED por conta própria sem realizar a devolução imediata. Este mecanismo foi criado para recuperar valores transferidos fraudulentamente, e o primeiro passo para quem se vê vítima de um golpe é contactar imediatamente o banco pelos canais oficiais e acionar o MED.
Em resumo, é crucial que os consumidores estejam informados e cautelosos ao utilizar o Pix, verificando sempre suas apólices de seguro e evitando devolver valores sem antes confirmar a autenticidade da transação pelos meios apropriados.