A seca chegou para ficar? A capital paulista registrou a tarde mais seca em anos!

O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) registrou um alarmante índice de apenas 13% de umidade no ar na cidade de São Paulo, por volta da 1 da tarde desta terça-feira, 23 de julho de 2024. Este foi não apenas o dia mais seco do ano até agora, como também o menor nível de umidade no ar registrado por medição automática desde novembro de 2021, quando a cidade também marcou 13% de umidade.

Com temperaturas em elevação e uma forte massa de ar seco estacionada sobre a região, a falta de umidade no ar tem sido uma constante preocupação para a população paulista. Essa situação complicada afeta diretamente a qualidade do ar, a saúde das pessoas e as condições gerais de vida na cidade.

Período de Estiagem: A Causa da Baixa Umidade

A escassez de chuva é notória em grande parte do Brasil desde maio. Em São Paulo, conforme medições do INMET no Mirante de Santana, zona norte da capital, a última chuva significativa, com um acumulado de 10mm em 24 horas, ocorreu entre os dias 9 e 10 de julho, contabilizando aproximadamente 35mm.

No total, julho de 2024 já acumulou cerca de 61mm de chuva no Mirante de Santana, mas o problema é que a maior parte dessas chuvas aconteceu em apenas dois dias. Em junho, a cidade praticamente não viu chuva, enquanto maio teve precipitação em apenas cinco dias. Abril não foi muito diferente, com registros de chuvas em sete dias.

Quando o Bloqueio Atmosférico Irá Terminar?

O bloqueio atmosférico, que tem desviado frentes frias para o alto mar e mantido uma vasta massa de ar seco sobre o interior do país, deve começar a enfraquecer a partir de 26 de julho. Até o próximo domingo, 28 de julho, não há previsão de chuva para a Grande São Paulo, o que significa que níveis de umidade no ar provavelmente continuarão baixos, impactando negativamente a qualidade do ar.

Impacto na Qualidade do Ar e Saúde

Com a falta de chuva e a estagnação do ar, a concentração de poluentes tende a aumentar. Isso pode agravar problemas respiratórios, especialmente em crianças, idosos e pessoas com condições preexistentes. Portanto, é essencial que a população tome medidas para se proteger, como manter ambientes internos umedecidos e evitar atividades físicas ao ar livre durante os picos de baixa umidade e poluição.

Como a População Pode se Proteger Durante Baixa Umidade?

Durante períodos de baixa umidade, é importante adotar algumas medidas para minimizar os efeitos adversos na saúde:

• Hidratação: Beba bastante água para manter o corpo hidratado.
• Uso de umidificadores: Utilize umidificadores de ar ou coloque bacias de água nos cômodos.
• Cuidado com a pele: Aplique hidratantes para evitar o ressecamento da pele.
• Evitar atividades ao ar livre: Limite exercícios físicos em horários de baixa umidade.
• Manter janelas fechadas: Isso ajuda a reduzir a entrada de poeira e poluentes.

Eventos Meteorológicos Futuro

Com um panorama de redução na intensidade do bloqueio atmosférico, a expectativa é de que as chuvas voltem a ocorrer com mais regularidade em agosto. Contudo, a previsão precisa ser constantemente monitorada, já que mudanças climáticas podem alterar esses cenários rapidamente.

Por Que a Baixa Umidade é Preocupante?

A baixa umidade relativa do ar é preocupante por diversos motivos:

1. Problemas respiratórios: Ar seco pode causar irritações nas vias aéreas.
2. Secura na pele: A umidade baixa desidrata e resseca a pele e os lábios.
3. Propagação de doenças: Ambientes secos facilitam a disseminação de vírus e bactérias.
4. Risco de incêndios: Vegetação seca está mais propensa a incêndios.

Portanto, estar alerta e adotar medidas preventivas é fundamental para atravessar esses períodos com a saúde e bem-estar resguardados.

A cada ano que passa, eventos climáticos extremos como estes tornam-se mais comuns, reforçando a necessidade de políticas públicas eficazes e uma conscientização coletiva sobre a importância da sustentabilidade e do cuidado com o meio ambiente.