Delegado Maurício Demétrio é denunciado por discriminação e injúria racial

O Ministério Público do Rio (MPRJ) denunciou o delegado de Polícia Maurício Demétrio Afonso Alves pelos crimes de discriminação e injúria racial. A denúncia relata três episódios em que Demétrio manifestou seu desprezo por pessoas de cor preta ou fez ofensas racistas.

Segundo o MP, todas as falas ocorreram por meio do aplicativo WhatsApp. Em um dos casos, em outubro de 2018, Demétrio chamou uma delegada aposentada, que não foi identificada, de “macaca” e “criola”.

Da mesma forma, em 2020, Demétrio utilizou em uma conversa a expressão “tinha que ser preto” ao se referir ao então ministro da Educação.

O terceiro episódio teria sido em março de 2018, quando o então delegado ironizou a morte da vereadora Marielle Franco, “que, no contexto do que restou demonstrado com a prova dos autos, assim o fez por preconceito racial, certo que a falecida vereadora era mulher de cor preta”, diz a denúncia.

Além da condenação pelos dois crimes, o MPRJ requer que o delegado seja condenado a pagar R$ 100 mil pelos danos morais causados à delegada, bem como R$ 100 mil a título de dano moral coletivo.

Quem é Maurício Demétrio

O ex-titular da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) foi preso, em 30 de junho de 2021, acusado pelo MPRJ de comandar uma organização criminosa que exigia vantagens ilegais de lojistas da Rua Teresa, em Petrópolis, para permitir a venda de roupas falsificadas.