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‘Minha reação foi filmar’, diz mulher que flagrou casal imitando macacos em roda de samba no Rio

Cenas de racismo foram registradas pela jornalista no samba 'PedeTeresa', no Centro do Rio. Nas imagens, um casal imita macacos

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Casal é flagrado imitando macaco em roda de samba no Centro do Rio
Casal é flagrado imitando macaco em roda de samba no Centro do Rio. Foto: Reprodução

A jornalista Jackeline Oliveira, que gravou um casal imitando macacos em uma roda de samba na Praça Tiradentes, no Centro, na última sexta-feira (19), ficou indignada com o episódio. O evento é produzido e frequentado por pessoas pretas.

“O racismo é uma violência que atravessa as pessoas pretas de diversas formas. Cada pessoa tem uma reação e às vezes não tem reação. Quando eu vi o que estava acontecendo, a minha reação foi filmar e chamar o segurança”, comentou a jornalista nas redes sociais.

Nas imagens (veja no final da matéria), é possível observar o casal imitando macacos de uma forma bastante chamativa, no meio de outras pessoas durante a apresentação dos músicos. “Isso não é brincadeira, não é deboche, é crime. Racismo é crime e não vamos mais tolerar”, escreveu a jornalista nas redes sociais.

O registro foi divulgado pelo perfil da vereadora Mônica Cunha, Presidente da Comissão de Combate ao Racismo da Câmara do Rio, no Instagram. “O samba é um patrimônio cultural crucial da comunidade negra. Desrespeitar este espaço é desrespeitar a história, a luta e a identidade do povo negro”, dizia a publicação.

A produção do evento PedeTeresa repudiou o comportamento e afirmou que vai registrar uma denúncia, nesta segunda-feira (22), contra a o casal.

Uma roda de samba realizada na Praça Tiradentes, no Centro do Rio, compartilhou um vídeo de um homem e uma mulher, ambos brancos, imitando macacos em um evento da última sexta-feira (19).

Em nota no Instagram, a produção do PedeTeresa disse que comportamentos como esse não são tolerados e que irá registrar uma denúncia, na segunda-feira, contra a dupla envolvida no caso.

“Nojo de toda essa branquitude disfarçada de paz e amor que vem no samba. Só não foram expulsos, pois não chegaram à ciência de nossa produção. O samba é lugar de gente preta, feito por gente preta”, dizia um trecho da nota.

Veja as imagens:

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