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Congresso Internacional discute atuação das Forças de Segurança do RS em tragédia

Foram realizados cerca de 700 salvamentos por barcos e helicópteros em 15 dias

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rio grande do sul enchentes
(Foto: Mauricio Tonetto | Gov. RS)

A recente tragédia no Rio Grande do Sul com enchentes devastadoras afetou milhares de pessoas e vem exigindo uma resposta rápida e eficiente para o gerenciamento de uma crise sem precedentes no Estado. Diante das adversidades, o esforço combinado entre diversos entes da Segurança Pública e sociedade civil se fez necessário e, enquanto a região começa a ver as águas baixando, novos desafios têm se apresentado na tentativa de reestruturação das cidades atingidas.

Para entender como essas forças lidam com a crise e quais as etapas planejadas, o Inspetor Marcus Vinícius Silva de Almeida, Diretor de Operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Delegado da Polícia Civil Bolivar Llantada, Coordenador da CORE-RS, levarão suas experiências para o Congresso de Operações Policiais – COP Internacional, previsto para o mês de outubro, em São Paulo-SP. Assim que os primeiros alagamentos surgiram, a equipe do CORE-RS se deslocou inicialmente para a região de Santa Cruz do Sul e, logo após, para a região da Grande Porto Alegre, através da DOA – Divisão de Operações Aéreas, e o GRI – Grupo de Resgate e Intervenção (GOE/CORE), operando em salvamentos com helicóptero e fluviais.

De acordo com o Delegado Bolivar, em 15 dias foram realizados cerca de 700 salvamentos por barcos e helicópteros, representando cerca de 3 a 4 mil vidas entre pessoas e animais resgatados.

“Os salvamentos foram a primeira fase do trabalho operacional da CORE e de outras forças de segurança como os Bombeiros, Brigada Militar, entidades civis e segmento privado que também se envolveram nos resgates da população,” afirmou Bolivar Llantada, Coordenador da CORE-RS

A PRF atuou de forma abrangente, desde a sinalização de rodovias destruídas até o salvamento fluvial, utilizando seu grupo de resposta rápida e operações especiais, com presença em várias áreas críticas como as cidades de Lajeado, Bento Gonçalves, Porto Alegre e Canoas. Para o Inspetor Marcus Vinícius, a experiência da corporação em lidar com diferentes climas e terrenos foi essencial para a eficácia das operações.

“A PRF não atuou apenas no controle das rodovias, mas também desempenhou um papel crucial nos salvamentos e em mais de 2 mil escoltas de donativos e medicamentos, num compromisso contínuo com a recuperação da região”, afirma o Inspetor.

Passado o primeiro momento de salvamentos, iniciaram as etapas de patrulhas fluviais, veiculares e terrestres para dar proteção às pessoas e ao patrimônio da população em áreas ainda alagadas, além do acompanhamento de emergências nas regiões de Pelotas e Rio Grande, que tardiamente também sofreram alagamentos. Para os próximos dias, a previsão da CORE é apoiar as Polícias em patrulhas noturnas e ações operacionais, cumprimento de mandados de busca, capturas, prisões, patrulhas de alto risco em áreas conflagradas e em possíveis resgates, caso ainda seja necessário.

Ambos os profissionais destacaram a importância da integração das forças de segurança durante a calamidade. O Inspetor Marcus enfatizou que a PRF atuou junto com a Defesa Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Polícia Federal entre outras entidades.

“É um trabalho bem integrado. Não existe como fazer uma segurança pública de qualidade sem a integração dos órgãos e isso está sendo feito”, afirma Bolívar.