Castro chama de ‘escória’ agentes que vazaram operação no Alemão

A fala do governador Claudio Castro foi dada durante cerimônia para lançamento de um projeto de revitalização ambiental nesta sexta-feira (26), em referência ao vazamento da operação contra o ‘clube do tráfico’ no Alemão.

A operação tinha como objetivo prender criminosos foragidos de outros estados, mas vazou em grupos de mensagens instantâneas ainda durante a noite desta quinta-feira (25). O governador Claudio Castro mencionou os agentes que vazaram a operação como escória e complementou:

“É com certeza a escória do serviço público, o que a gente tem que fazer é achar essas pessoas, prendê-las e expulsá-las do serviço público. Porque a gente está aqui para fazer um trabalho para melhorar a vida da população, para melhorar o processo de ir e vir, melhorar a segurança pública do nosso estado e infelizmente a agentes públicos que deveriam estar aqui do nosso lado estão fazendo jogo duplo. É lamentável, e a gente está trabalhando muito para punir essas pessoas e retirá-las de uma vez por toda do serviço público”, afirmou Cláudio Castro.

Apesar do vazamento, o governador considerou a operação um sucesso: “A recuperação de sucesso, até antes de eu chegar aqui, a gente não tinha tido nenhuma pessoa vitimada ainda, já tinha apreensão de fuzil, de armas, de drogas, enfim, é a gente fazendo o trabalho da segurança pública, prendendo, evoluindo para diminuir a letalidade, mas sem diminuir a efetividade do trabalho da segurança pública. É fundamental a prisão desses líderes, mas voltar a fazer aqui meu corolário de sempre também é fundamental, melhorar a parceria com o governo federal para que a gente possa impedir essas armas, essas drogas de entrarem aqui, fazer esse cinturão que desde o Cosud a gente está discutindo para que líderes criminosos não venham para cá, para o Rio de Janeiro e trabalhar na mudança da legislação para que haja um endurecimento, sobretudo para os crimes de tráfico. E milícia. A nossa ideia não é aumentar o encarceramento”, completou.

Dragagem das lagoas do Complexo Lagunar da Barra e de Jacarepaguá

A concessionária de saneamento Iguá deu início as operações de dragagem no Complexo Lagunar da Barra e de Jacarepaguá, localizados na Zona Oeste da cidade. Além da limpeza das lagoas, o diretor de operações da Iguá, Lucas Arrosti, ressaltou que a empresa também está empenhada na recuperação das áreas de mangue na região.

““E temos também uma ação muito forte para impulsionar a biodiversidade que é a recuperação de áreas de mangue. Desde 2021 nós já plantamos 40 mil mudas de mangue, nós já dobramos a meta do ano passado para 80 mil mudas e agora com o projeto do Complexo Lagunar nós temos a previsão de plantar mais 160 mil mudas de mangue totalizando 240 mil mudas de mangue nativos plantados nas lagoas do Complexo Lagunar que é super positivo para impulsionar e para retomar a fauna flora desse ecossistema tão importante”, afirmou Lucas Arrosti.

O presidente do Inea, Renato Jordão, disse que a limpeza das lagoas vai melhorar, inclusive, a qualidade do ar na região: “Não só pela vegetação, mas pela fauna, flora e a qualidade da água e do ar. Muitas vezes você não consegue ficar aqui por conta do mau cheiro e isso é insuportável. Então, o governador conseguiu, isso começou lá atrás com a privatização da Cedae e ele conseguiu isso aqui. Hoje é um sonho realizado, a gente conseguir iniciar as obras de dragagem que vão melhorar a qualidade da água, do ar, da fauna, da flora e a importância é incalculável. A de muita importância um projeto desses”, lembrou ele.

Sobre a limpeza do Complexo Lagunar, no começo da concessão, muita gente dizia que ela não ocorreria. O governador disse que está se tornando especialista em contrariar os pessimistas e críticos:

“Falaram que eu não ia ficar e eu estou ficando, toda hora falam que eu vou cair e eu não caio. Eu não ia me reeleger e me elegi, eu não ia fazer a concessão, eu fiz. A gente não ia fazer o maior pacote de obras da história e estamos fazendo. As estradas não iam ser reformadas, estão reformadas. A polícia não ia ter o maior investimento da história, teve, a gente não tinha programa de limpeza que o Rio tem. A gente não tinha programa social e tem. Então, estou ficando especialista nisso, quanto mais dizem que a gente não vai fazer, mais a gente vai fazendo. E a gente confia que o povo está vendo, e se o povo não estiver vendo, Deus, lá em cima, está vendo o que a gente está fazendo”, completou Cláudio Castro.

O investimento na dragagem do Complexo Lagunar gira em torno de R$ 250 milhões e ela deve durar 36 meses.