Justiça mantém prisão, e mandantes do assassinato de Marielle Franco são transferidos para presídio de Brasília

Presos neste domingo (24), os três suspeitos de encomendar a morte da vereadora Marielle Franco, em 2018, foram ouvidos na superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro, e tiveram suas prisões mantidas.

Após audiências de custódia, os três presos foram levados para o Aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio, onde embarcam para Brasília, para cumprir pena. Foram presos Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), o deputado federal pelo Rio Chiquinho Brazão, e Rivaldo Barbosa, ex-chefe de Polícia Civil do Rio.

A ação conjunta entre o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República cumpre ainda 12 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), todos na cidade do Rio de Janeiro.

Um dos alvos da operação, o delegado Giniton Lages exercia a função de titular da Divisão de Homicídios da Capital. De acordo com as investigações, ele obedeceu as ordens do ex-chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, para dificultar o andamento do inquérito. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou que Giniton seja afastado da Polícia Civil do Rio de Janeiro.

Com as prisões de Domingos, Chiquinho e Rivaldo, sobe para sete o número de presos pela morte da parlamentar. Ao longo dos seis anos de investigação, outras quatro pessoas suspeitas de envolvimento com o crime foram presas. Edilson Barbosa dos Santos, o Orelha, Maxwell Simões Corrêa, o Suel, Élcio de Queiroz e Ronnie Lessa, que teve sua delação premiada homologada no último dia 19, também seguem presos.

A vereadora Marielle Franco foi morta na noite do dia 14 de março de 2018, no bairro do Estácio, após participar de um evento para juventude negra na Lapa.