Rio
Sequestrador de ônibus no Rio é transferido para presídio e debocha de ação na rodoviária
Paulo Sérgio de Lima fez 16 pessoas reféns por pensar que estava sendo cercado por policiaisO sequestrador Paulo Sérgio de Lima passou a noite na delegacia da Praça da República (4ª DP), no Centro do Rio, após manter 16 passageiros reféns na Rodoviária do Rio.
Ele foi encaminhado à Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte, onde ficará à disposição da Justiça. Durante a transferência, ele percebeu a presença de veículos de imprensa e decidiu responder aos questionamentos feitos por jornalistas.
“Atrapalharam minha viagem, pô! Eu estava indo viajar e o policial estava disfarçado”, disse, às câmeras, enquanto era colocado no veículo de transporte de presos da Polícia Civil.
- Concessionária orienta quem teve viagem cancelada por conta de sequestro na rodoviária;
- Sequestrador de ônibus na rodoviária fugia do Rio por ameaça da facção.
Em depoimento, Paulo Sérgio afirmou que tinha ligação com o Comando Vermelho, a maior facção criminosa do Rio, na Muzema, comunidade da Zona Oeste. Durante uma briga na região, acabou baleando um traficante. Por temer represálias, decidiu fugir para Minas Gerais. A polícia investiga o caso.
Um dia após o episódio, passageiros continuavam com medo. Este é o caso do fisioterapeuta Rafael Laval. Em entrevista à Super Rádio Tupi, ele afirmou que acompanhou o caso de longe, mas que se sentia angústiado por precisar passar pelo local.
“Eu vi que tinha dado tumulto, inclusive com o ônibus que eu ia pegar. Já dá aquela angústia. Acho que deveria ter um item obrigatório (detector de metais) ou ter um reconhecimento facial. Alguma coisa que pudesse dar mais segurança”, disse.
Segurança
Em nota, o Sindicato dos Rodoviários afirmou que falta um protocolo de segurança na rodoviária, uma das maiores e de maior movimento do Brasil.
Em entrevista à Super Rádio Tupi, a porta-voz da rodoviária, Beatriz Lima, também afirmou que o local não possui detector de metais desde o ano 2000. O equipamento chegou a ser utilizado na segurança do terminal, mas ficou no desuso com o passar dos anos.