Botafogo
STJD determina três dias de prazo para Textor entregar provas de corrupção na arbitragem
Caso não cumpra inquérito, norte-americano pode ser suspenso por um ano
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Nesta sexta-feira (08), o presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), José Perdiz, determinou que John Textor entregue as provas de corrupção na arbitragem brasileira em até três dias úteis, sendo o prazo máximo até quarta-feira (13). Se não cumprir o inquérito, o dono da SAF do Botafogo pode ser suspenso por 90 a 360 dias de forma automática, e até mesmo ser banido do futebol.
Confira o despacho divulgado no site do STJD.
“Em referência a solicitação de abertura de inquérito interposta pela Procuradoria da Justiça Desportiva do Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol – STJD DEFIRO seu pedido de forma a intimar o Sr. John Textor, para que, no prazo de 3 (três) dias, entregue todos os documentos que alega possuir ter referente aos “juízes gravados reclamando de não terem propinas pagas”, sob pena de aplicação do artigo 223 “caput” e seu parágrafo único do CBJD, ou seja, em caso de descumprimento, seja o Sr. John Textor suspenso automaticamente até que cumpra a decisão, além da suspensão por 90 a 360 dias, e na reincidência eliminação.”
John Textor deu uma declaração polêmica sobre a arbitragem do Campeonato Brasileiro, na última quarta-feira (06), no Estádio Nilton Santos, após a vitória do Botafogo sobre o Bragantino pela Libertadores. O norte-americano afirmou que há corrupção no futebol brasileiro e disse ter gravações de juízes reclamando de não terem recebido propinas combinadas.
“O apoio da torcida nesta noite vai nos trazer um técnico. Temos técnicos tops de todo o mundo me procurando e temos uma decisão difícil a tomar. As pessoas querem estar no Botafogo. Nos últimos jogos do ano passado, o ódio foi tão forte que foi muito difícil para nós assistirmos. Não pode ser assim. Não vamos ganhar campeonatos assim. E os fãs vão ficar sabendo, nos próximos 30 dias, o que realmente aconteceu no campeonato. Eles sabem o que eu sinto sobre isso, mas eu não vou divulgar isso na imprensa. É irresponsável. Os juízes na corte esportiva não deveriam estar fazendo piadas com ninguém sobre manipulações e erros”, iniciou Textor.
“Alguém dizer que não há corrupção no Brasil, quando eu tenho juízes gravados reclamando de não terem suas propinas pagas… Talvez a CBF não devesse me processar. Eu não acusei o Ednaldo (Rodrigues, presidente da CBF). Nunca disse nada sobre ele. Ele não é um corrupto. Ele é um homem que comanda uma organização que provavelmente precisa administrar melhor a corrupção externa. Porque é uma batalha contra fatores externos. É uma batalha que existe e está aqui. Houve manipulações e erros em 2021, 2022, 2023, e nós temos provas”, completou o empresário.
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