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Rio

Violência já afastou 190 motoristas de ônibus da função

“Motoristas não suportam mais a insegurança que atinge a categoria diariamente”, dispara Sebastião José, presidente do Sindicato dos Rodoviários do Rio

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Sebastião José (Foto: Divulgação)
Violência já afastou 190 motoristas de ônibus da função (Foto: Divulgação)

O episódio ocorrido na manhã desta quarta-feira (28), onde motoristas de ônibus foram obrigados por traficantes da Vila Aliança, no bairro de Bangu, na Zona Norte da cidade, a atravessarem os coletivos nas principais ruas da comunidade para evitar o avanço  de policiais, trouxe enorme problema não só para a população mas também para os profissionais da categoria.

Para o presidente do Sindicato dos Rodoviários do Rio de Janeiro, Sebastião José, a violência desta quarta (28), deixou usuários e motoristas reféns de marginais que há muito tempo levam o terror para essas localidades.

Para ele, apesar de não ter havido agressão física aos motoristas, o pânico foi geral, ao ponto deles só terem tempo de abrir as portas dos coletivos para que os usuários saíssem e deixassem o local correndo com medo de que algo pior acontecesse, o que com certeza afeta o psicológico do profissional que já convive diariamente com a violência nas ruas e nas principais vias da cidade, como a Av. Brasil.

“Os motoristas não suportam mais a insegurança que atinge a categoria diariamente. Já não bastasse o elevado número de assaltos nos coletivos, eles convivem agora com os sequestros dos ônibus por marginais para serem usados como barricadas nas comunidades que margeiam principalmente a Av. Brasil. O resultado disso é que somente no ano passado, cerca de 190 motoristas pediram afastamento das empresas devido a violência, e creio que infelizmente esse número tende a aumentar. Normalmente eles informam a empresa esse desejo, e em seguida procuram a direção do Sindicato dos Rodoviários para comunicarem as agressões sofridas. Muitos também pedem para que possamos interceder junto as empresas para trocarem de linha e até realizar acordos para serem demitidos, aumentando o desemprego no setor”, explicou Sebastião.