Botafogo
Tiago Nunes lamenta derrota do Botafogo e destaca “memória emocional” do elenco
Glorioso perdeu o segundo clássico na temporada e ficou em situação complicada no Campeonato CariocaApós a derrota do Botafogo no clássico diante do Vasco, na tarde deste domingo (18), o técnico Tiago Nunes concedeu entrevista coletiva no Estádio Nilton Santos e comentou sobre a situação emocional do elenco. De acordo com o treinador, a equipe carrega uma memória do ano passado, que pode prejudicar em determinados momentos.
“A gente tem uma memória emocional do ano passado. Quando sofre um revés como esse, volta tudo à tona. Por mais que a gente tenha mudanças no elenco, o time titular é remanescente de 2023. Vamos evoluir através da sequência de resultados positivos e também da chegada de jogadores para encorpar o grupo e não só o titular. Porque muitos jogadores estão pedindo para ter uma sequência fora da equipe, para parar de carregar essa carga emocional tão forte. Você tem que ter mais jogadores de um nível compatível para manter o Botafogo competindo em alto nível” – revelou Tiago Nunes.
Na sequência, o treinador desconversou e deu a entender que não houve um pedido direto, mas que entendeu o momento emocional dos atletas por “códigos do meio do futebol”. Além disso, destacou a necessidade de outros jogadores assumirem o protagonismo dentro do elenco alvinegro.
“Nós que somos pessoas do futebol e estamos há muito tempo, o futebol tem códigos e temos de respeitar. Depois de 20 anos convivendo com atletas, a gente sabe quando o atleta está no limite técnico, físico, mental, que precisa ter um descanso, sair um pouco da zona de alvo. Para se libertar de alguns rótulos que recebem durante o ano.” – disse, e prosseguiu.
“O grupo do Botafogo que construiu aquela fase maravilhosa ano passado era pequeno. Eram 13, 14, 15 jogadores que rodavam o tempo todo. A gente mudou alguns, mas a grande parcela continua jogando e atravessando momento de que precisam de apoio. E o apoio é nesse sentido, conseguir ter outros atletas que possam assumir o protagonismo, para que os outros possam se regenerar. Vai ser agora, amanhã? Não dá para mensurar isso. Existem códigos e códigos têm a ver com leitura, experiência.” – finalizou.
CONFIRA OUTRAS RESPOSTAS
Análise do clássico contra o Vasco:
“Após o empate do Vasco, a gente sentiu bastante emocionalmente. A gente sucumbe emocionalmente. Sentimos no vestiário que os jogadores sentiram aquele momento. Tinha uma expectativa alta e sofreu com 50 segundos um revés, que desarticulou muito a equipe. O segundo e terceiro a gente entregou. Sofremos gols evitáveis. O quarto foi consequência. O que mais me preocupa é a questão da reação, a equipe sentiu o golpe num jogo controlado.”
Pré-Libertadores:
“Pode melhorar o ano do nosso torcedor, ele precisa de uma resposta técnica, de resultados. É uma competição difícil. Disputei com o Sporting Cristal no ano passado. Também passei pelo Corinthians, que a gente jogou melhor que o Guarani, mas acabou sucumbindo, por causa de um jogador expulso. A gente tem que respeitar o Aurora, é um jogo na altitude. Sei que é diferente porque passei um ano jogando ali. É quase outro esporte jogar lá. Tem que ter o entendimento de como rodar bem o jogo, ter organização, para conseguir trazer um bom resultado para quando jogarmos em casa, diante do torcedor, conseguir passar para a próxima fase.