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Exposição ‘O que se passa’ de Rogério Reis é exibida no 2º andar do Paço Imperial
São trabalhos que foram produzidos desde o período da pandemia, registrando suas saídas diárias às praias da zona sul do Rio de Janeiro e seu envolvimento com as diversas comunidades que frequentam as orlas“O que se passa” é a mais recente exposição inédita do fotógrafo Rogério Reis, ambientada no Paço Imperial até o dia 24 de março de 2024. O aclamado fotógrafo brasileiro que navega com maestria entre o fotojornalismo e a arte, tanto no Brasil quanto no exterior, apresenta suas séries de obras, imagens e filmes mais recentes, que transitam entre o óbvio e o inimaginável.
A exposição engloba mais de 100 obras, divididas em seis séries, e oferece uma visão profunda das intererações com a cidade que o artista adquiriu ao longo de seus mais de 45 anos de trajetória. Sua “residência artística”, por assim dizer, é a rua, e, no contexto desta exposição, as areias das praias cariocas.
“Tenho desinteresse por aspectos contemplativos da paisagem e busco ressignificar o que aparenta ser banal e pouco explorado pela vasta crônica visual das praias da zona sul do Rio de Janeiro. Objetos funcionais, equipamentos esportivos, descartes, vestígios das ressacas e gambiarras que facilitam a vida dos banhistas e profissionais das areias são os protagonistas, diz Rogério Reis.
“Rogério é fotógrafo independente há quatro décadas. Depois de passar pelo Jornal do Brasil, Globo, Veja se juntou ao grupo da Agência F4 onde aprendeu a pesquisar e desenvolver seus próprios temas durante os anos 1980. Ele não aderiu à arte estritamente engajada em voga quando começou a trabalhar nos anos 1970, – diríamos que sua linguagem estaria talvez mais próxima à poesia marginal e ao movimento de contracultura que surgia com o cinema novo, do que a arte de denúncia; ou seja, tem uma pegada existencialista e crítica, sem ser politicamente dogmática, com foco na liberdade de expressão, e atravessada por um fino senso de humor, de quem não se quer sério”, afirma Paula Terra-Neale, curadora da exposição.
“O que se passa” apresenta imagens, vídeo e séries distribuídas em duas grandes galerias do Paço Imperial. A exposição revela o que muitas vezes escapa à nossa atenção, enfatizando a presença de corpos, mesmo quando ausentes. As obras de Rogério Reis documentam os vestígios da cultura visual e dos rituais das comunidades nômades à beira da orla carioca.
A Exposição está em cartaz desde 2 de dezembro de 2023 e permanece até o dia 24 de março de 2024 no Centro Cultural do Patrimônio Paço Imperial.
Visitação: terça a domingo e feriados, de 12h às 18h, exceto nos dias que estará fechado, devido o Carnaval.
- Janeiro: dias 20, 21, 27 e 28
- Fevereiro: dias 03, 04 e de 09 a 18