Programa Seguir em Frente, da Prefeitura do Rio, já retirou 840 pessoas da situação de rua - Super Rádio Tupi
Conecte-se conosco

Rio

Programa Seguir em Frente, da Prefeitura do Rio, já retirou 840 pessoas da situação de rua

Objetivo é ressocializar esse grupo populacional

Publicado

em

RUA Sonho Meu e CAPS
(Foto: Edu Kapps/SMS)

Com o intuito de aprimorar o programa, três novos serviços foram incorporados à rede assistencial da Secretaria Municipal de Saúde (SMS): o PAR Carioca (Ponto de Apoio na Rua), unidade de acolhimento no Centro do Rio; e a RUA Sonho Meu (Residência e Unidade de Acolhimento) e o CAPSad III Dona Ivone Lara, ambos em Cascadura. Os equipamentos funcionam de maneira integrada, oferecendo atendimento multiprofissional e individualizado.

“O Programa Seguir em Frente foi criado para cuidar da população que mais precisa do apoio do estado brasileiro. Não podemos mais tolerar ver as pessoas caídas nas ruas e não dar uma assistência. O objetivo é criar vínculo, para que elas deixem a situação de rua e se reinsiram à sociedade e ao mercado de trabalho”, diz o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.

O auxiliar de enfermagem Gilberto Rocha Rosa, de 60 anos, encontrou o PAR Carioca e aceitou ser encaminhado para a RUA Sonho Meu, em Cascadura. O local conta ainda com áreas abertas de convivência e sala de informática, além de dormitórios, banheiros e lavanderias. Lá, todos os abrigados têm a chance de aderir a estágios em que executam serviços e recebem bolsas proporcionais às horas ocupadas, para que possam, num futuro próximo, retornar ao mercado de trabalho formal. Como Gilberto já tinha uma qualificação profissional na área de saúde, teve a oportunidade de ser contratado como agente redutor de danos para atuar na própria unidade.

“Eu estava em situação de rua devido à falta de trabalho. Usei álcool e drogas. Nas ruas, a gente era tratado à margem, como vagabundos. Mas muitos dos que estão na rua não estão à margem, inclusive gostariam de estar incluídos na sociedade. Aqui estou vendo muitos dos que estavam comigo lá e que não são vagabundos, agora estão trabalhando, se reintegrando”, diz Gilberto, que já faz planos para os próximos meses, quando quer reencontrar filhos, netos e irmãos, de quem se afastou quando foi para as ruas. Ele também planeja pagar aluguel de uma casa com o seu salário e, uma vez restabelecido, seguir em frente.