Brasil
Ministério da Saúde coordena ações de enfrentamento das arboviroses
Pasta investe em diversas ações de prevenção, como Sala Nacional de Arboviroses, painel público de dados, ampliação do método Wolbachia e capacitação de profissionais
Tradicionalmente, com o início do período das chuvas e das altas temperaturas, o número de casos de dengue, chikungunya e Zika tende a aumentar. O governo federal está alerta e monitora constantemente o cenário das arboviroses no Brasil. Como parte das ações de enfrentamento às doenças, o Ministério da Saúde vai investir R$ 256 milhões no fortalecimento da vigilância das arboviroses.
O momento é de intensificar os esforços e as medidas de prevenção por parte de todos para reduzir a transmissão das doenças. Para evitar o agravamento dos casos, a população deve buscar o serviço de saúde mais próximo ao apresentar os primeiros sintomas. Cerca de 11,7 mil profissionais de saúde foram capacitados em 2023 para manejo clínico, vigilância e controle de arboviroses.
Do valor total do investimento, R$ 111,5 milhões serão efetivados até o fim deste ano, em parcela única, para fortalecer as ações de vigilância e contenção do Aedes aegypti – sendo R$ 39,5 milhões para estados e o Distrito Federal e outros R$ 72 milhões para municípios. Além disso, haverá repasse de R$ 144,4 milhões para fomentar ações de vigilância em saúde em todo o país.
Essas e outras iniciativas de combate às arboviroses foram apresentadas, em entrevista coletiva na sede do ministério, em Brasília. Com a participação da ministra da Saúde, Nísia Trindade, foi lançada ainda a campanha de conscientização “Combate ao Mosquito: para fazer diferente, precisamos agir antes”. A iniciativa de comunicação será veiculada na TV aberta, nas redes sociais e em locais de grande circulação de pessoas em todo país.
Também prioritária para o ministério, a análise da vacina Qdenga está sendo feita pela Comissão Nacional de Incorporações de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). A pasta monitora atentamente as novas tecnologias que podem auxiliar no enfrentamento às doenças e abriu consulta pública nesta sexta-feira sobre a proposta de incorporação do imunizante no SUS.
A Conitec deu recomendação inicial favorável à incorporação para localidades e públicos prioritários que serão definidos pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), considerando as regiões de maior incidência e transmissão e nas faixas etárias de maior risco de agravamento da doença. As contribuições serão organizadas e avaliadas pela comissão, que emitirá uma recomendação final.