Esportes
Despedidas de Rodrigo Caio e Filipe Luís fecham ciclo da defesa de 2019
Lateral esquerda foi única posição sem grandes problemas de reposição com fim de geração vitoriosa
Além de disputar possíveis três pontos contra o Cuiabá, o jogo de domingo, no Maracanã, vai servir para o Flamengo se despedir de Rodrigo Caio e Filipe Luís. Com a saída do zagueiro e aposentadoria do lateral, o sistema defensivo vai ficar sem remanescentes da conquista da Libertadores de 2019. Os dois foram titulares absolutos em uma das temporadas mais vitoriosas da história do clube.
Primeira contratação da gestão de Rodolfo Landim, Rodrigo Caio foi anunciado nos últimos dias de 2018 e se juntou a Diego Alves, no clube desde 2017, na linha defensiva que faria história meses depois. A janela do meio do ano serviu para a chegada de outras peças fundamentais. Rafinha, Pablo Marí e Filipe Luís foram contratados e assumiram suas respectivas titularidades de forma imediata e assim ficaram até o Mundial de Clubes.
Com exceção a Ayrton Lucas, demais posições jamais tiveram sequência
As expectativas para 2020 eram grandes após os títulos do Campeonato Brasileiro e da Libertadores do ano anterior. Mas a volta das férias trazia a notícia da saída de Marí para o Arsenal. Num primeiro momento, Gustavo Henrique, Léo Pereira e até Willian Arão, de forma improvisada, jogaram ao lado de Rodrigo Caio até a sequência de lesões do camisa 3.
Em 2021, David Luiz ensaiou uma presença cativa entre os titulares na lacuna deixada pelo espanhol. Mas Rodrigo Caio já não era mais o mesmo, oscilava entre campo e departamento médico, e mais mudanças foram necessárias. Léo Pereira, que se firmou entre os titulares em 2022, hoje tem a parceria de Fabrício Bruno.
A vaga de Filipe Luís foi a considerada menos problemática para a diretoria no que diz respeito a busca por substitutos. Ayrton Lucas, contratado em meados do ano passado, se firmou e chegou a ser convocado. No momento, é considerado o dono da posição.
Oscilações no gol e na lateral direita evidenciam dificuldades
Isla foi contratado na janela do meio de 2020 após Rafinha aceitar uma proposta do Olympiacos. As oscilações do chileno abriram espaço para Matheuzinho, recém-promovido. Mas o atleta oriundo do Londrina também teve dificuldades para manter bom nível e Rodinei, emprestado ao Internacional, voltou e foi titular em 2022, também aceitando uma proposta do clube grego ao fim do contrato.
Desde então, Matheuzinho, Wesley e Varela revezam no posto de alvo de críticas de jogadores que atuam na posição. O uruguaio é o menos aproveitado. Os dois primeiros são os mais requisitados por Tite na reta final do Campeonato Brasileiro.
No gol, cenário similar. Hugo e César não aproveitaram suas chances ainda com Diego Alves no clube. Santos foi contratado, se firmou, mas depois perdeu espaço. A brecha serviu para aparição de Matheus Cunha, que também não se consolidou. Rossi é o titular desde setembro.
Setor ofensivo só teve grandes movimentações em 2023
Como comparação, o quarteto ofensivo formado por Everton Ribeiro, Arrascaeta, Bruno Henrique e Gabigol foi titular nas finais das edições de 2019 e 2021 da Libertadores. A mudança mais evidente aconteceu no ano passado com Pedro assumindo o posto do lesionado Bruno Herique. No momento, Luiz Araújo e Cebolinha vem recebendo mais chances e indicam um desmanche em outro setor histórico, mas com todos ainda remanescentes no elenco.