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Fluminense lança camisa em homenagem a Chico Guanabara no Dia da Consciência Negra
Clube exalta seu primeiro torcedor com peça idealizada por Leandro Carvalho e desenhada por Marcelo Ment
Neste 20 de novembro, quando é celebrado o Dia da Consciência Negra, o Fluminense lançou mais um produto em homenagem a Chico Guanabara, personagem que originou a web série “Herdeiros de Chico Guanabara”, da FluTV.
A camisa, idealizada pelo historiador Leandro Carvalho e desenhada pelo artista plástico Marcelo Ment, chega às Lojas Oficiais do Tricolor nesta terça-feira (21/11).
“A criação da arte ocorreu a partir de muitas trocas e boas conversas com o amigo Leandro Carvalho. Além de ideias e elementos que ele trouxe, falamos sobre a importância de exaltar a figura de Chico Guanabara e suas raízes, representando a figura do torcedor, como elemento fundamental na construção do Fluminense e sua identidade”, conta o artista Marcelo Ment, que, entre outros trabalhos para o clube, produziu o painel de Castilho no Centro de Treinamento e criou um mosaico para exaltar Cartola, personagem homenageado na atual terceira camisa.
Confira o texto na íntegra:
Mulheres tricolores torcendo luvas e lenços em pleno Estádio de Laranjeiras inspiraram o termo “torcedor” na língua portuguesa. Porém, o torcedor ainda sem esse nome, como protagonista do espetáculo, como pressão ativa que modifica uma partida, surgiu um pouco antes.
Tudo começou com Chico Guanabara, um capoeirista destemido e respeitado, que, com sua negra malta, empurrava o Fluminense para a vitória. Morava no Morro do Mundo Novo, nos fundos do campo de Laranjeiras.
Um dia, ao sair de casa e passar pelo Retiro da Guanabara, atual Rua Álvaro Chaves, sede do clube, se deparou com alguns rapazes jogando bola com os pés, algo que jamais havia visto. Em sua observação, notou algo da capoeira naquele jogo de fingir e driblar. Encantado, disse: “De hoje em diante, serei Fluminense”.
Passou, então, a ir a todos os jogos do Tricolor, com seu chapéu de malandro, um par de tamancos e, dizem, uma navalha escondida. E ai daquele que falasse mal do Fluminense perto de Chico, ancestral de milhões de pessoas, seus herdeiros e herdeiras.
Hoje, 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, é hora de lembrar o precursor da nossa paixão, aquele que já era torcedor antes mesmo de existir esta palavra.