Campeonato Brasileiro
Fernando Diniz revela pensamento “jogo a jogo” e garante força máxima até dias antes do Mundial
Treinador avalia como positivo empate diante do Internacional, em Porto Alegre
Após o título da Libertadores, conquistado no último final de semana, o Fluminense passa a pensar somente na disputa do Mundial de Clubes, que será realizado em dezembro. Apesar dos sete jogos restantes a disputar no Brasileirão, o Tricolor já não possui grandes pretensões no Brasileirão. Por isso, a ideia da comissão técnica, encabeçada pelo técnico Fernando Diniz, é de aproveitar os compromissos restantes para aprimorar questões cruciais visando o compromisso internacional.
Até por isso, o próprio Diniz chegou a afirmar que tem a intenção de utilizar força máxima até momentos antes do começo do Mundial, mesmo que possa fazer alterações no time. A declaração foi feita após o empate da última quarta-feira (08), em 0 a 0, com o Internacional, no Beira-Rio.
“Vou pensar jogo a jogo e escalar os melhores que tivermos. Talvez, quando estiver mais perto e se tiver necessidade… Mas a princípio é tentar levar o que tem de melhor para conseguir fazer bons jogos e levar pontos” – disse.
Por conta dos desfalques para esse confronto, o treinador avaliou como positivo o ponto conquistado em Porto Alegre, mesmo que o clube tenha tido chances de gol. Nomes como Cano, Felipe Melo e Marcelo não viajaram com o restante do elenco.
“O Marcelo estava muito desgastado, e o Cano também, e o Felipe Melo também sentiu um pouco a perna, nada grave, mas a gente resolveu deixar os três no Rio de Janeiro. E a escolha pela substituição do Alexsander foi bem óbvia, porque ele tinha tomado o cartão amarelo. Fiquei com receio de ele tomar o segundo no segundo tempo” – analisou.
“O Nino também estava um pouco desgastado, ele tinha ficado quase vinte e poucos dias sem jogar, e teve um desgaste muito grande na final. No segundo tempo, quando a gente fez as trocas, foi sempre no intuito da vitória, mas não foi possível. Acho que o resultado foi justo pelo o que as equipes produziram” – finalizou em relação às escolhas.
Confira outros temas da entrevista de Fernando Diniz:
Experimentos para o Fla-Flu?
“Não fizemos experiência hoje e nem achei que o Inter entrou sonolento. Foi um jogo equilibrado do começo ao fim. São duas equipes que têm qualidade técnica e jogadores perigosos. Às vezes o jogo fica mais lento em determinados momentos, mas não acho que o Inter entrou lento e nem é experimento para sábado. Tentei colocar o que tenho de melhor para a partida de hoje e não pensei no Flamengo em nenhum momento”.
Jogo perigoso por ser depois de um título?
“Os jogadores, nesse sentido de ânimo e entrega, foram muito bem. É muito difícil sair do que aconteceu contra o Boca Juniors e ter equilíbrio para fazer o que fizeram. Não é uma situação normal. Tanto que depois de termos passados pela semifinal aqui, no jogo seguinte, estávamos muito abaixo e perdemos o jogo mesmo em casa. Aquilo, sim, foi um aprendizado. Se a gente jogasse com aquele estado de ânimo certamente teríamos perdido aqui”.
Dedicação no Brasileirão
“A gente tem que ter compromisso com o futebol, tanto nos treinamentos e nos jogos. Quando o jogador era criança queria chegar ao Beira-Rio e jogar contra o Inter. Aí ele chegar aqui e não tiver vontade para jogar, acho que a criança que eles foram ficaria espantada e ia sentir uma certa tristeza. A gente tem o privilégio de ser jogador. Não é fácil, pela descarga de energia que teve. Mas temos o privilégio de jogar no Fluminense, disputar o Campeonato Brasileiro e tem um grande adversário como o Inter”.
“Temos que levar esse campeonato extremamente a sério. Tem muita coisa valendo. Não só pelo Fluminense, mas pelos princípios éticos. Tem muita gente disputando para não cair, por Libertadores, Sul-Americana e título. Nós temos que nos entregar de corpo e alma sempre que pudermos. Não foi uma partida brilhante e nem uma das melhores do Fluminense. Mas o time teve intensidade, espírito de luta, soube competir e fez um bom jogo, na minha opinião”.