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Economia

Conselho de Economia discute política monetária com diretor do Banco Central

O diretor do BC analisou o cenário Internacional, em que as taxas de juros norte-americanas subiram

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(Foto: Divulgação/ FIRJAN)

O Conselho Empresarial de Economia da Firjan recebeu Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária do Banco Central, para falar sobre os próximos passos e impactos da política monetária brasileira. Uma das questões levantadas pelo economista foi a necessidade de transparência em relação aos gastos públicos.

A reunião contou com as presenças do 1º vice-presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano; dos presidentes do Conselho de Infraestrutura, Mauro Viegas Filho; de Petróleo e Gás, Cynthia Silveira; e de assuntos Tributários e do Fórum Setorial da Construção Civil, Marcelo Kaiuca.

“O diretor trouxe principalmente a transparência sobre o que se espera de um organismo que é tão importante para as políticas públicas. Ele mostrou sensibilidade para uma política fiscal que tenha esse conceito, através de um debate com a sociedade”, analisou Carlos Federico Aguiar, presidente do Conselho de Economia.

“Podemos contribuir para saber como estão sendo gastos os recursos no Brasil e, com isso, há um amadurecimento da democracia. Se a gente tem nele uma pessoa sensível a esse ponto, estamos realizando um enorme passo no sentido de amadurecer a sociedade como um todo, em especial a do Rio de Janeiro, que sofre tanto por políticas em várias áreas e em especial a de segurança, que tem impactos na economia”, acrescentou.

O diretor do BC analisou o cenário Internacional, em que as taxas de juros norte-americanas subiram para 4,7%, o que dá um prêmio mais elevado para quem aplica nos EUA em relação aos países emergentes.

“Temos um cenário mais desafiador, inclusive com o recente conflito em Israel. Por outro lado, é compensado com cenário interno mais benigno. O Brasil segue com a política de corte de juros porque a inflação tem tido um comportamento de baixa. As projeções do Banco Central são de taxa inferior a 3% este ano. Outro fator positivo é o crescimento do agronegócio, o que ajuda na queda inflacionária; e ainda temos um mercado de trabalho aquecido, o que não é comum em épocas de inflação baixa”, explicou ele, que participou remotamente do encontro, ocorrido de modo presencial na sede da Firjan.

Galípolo discorreu ainda sobre vários temas econômicos, como as altas do dólar e do petróleo, as influências da pandemia da Covid-19, da guerra na Ucrânia e do fenômeno El Niño na economia.
A transição ecológica foi destacada por Galípolo, que aposta em uma neoindustrialização como vetor de desenvolvimento econômico, ambiental e social. “O Brasil reúne tudo isso. As mudanças no cenário global restringem as alternativas para o investidor. Competimos com o México, que tem a proximidade dos EUA como vantagem.

O Brasil deve se colocar como um polo de atração de investimentos produtivos. Para isso, é preciso políticas públicas transparentes. Uma delas é o projeto de taxonomia dos créditos de carbono, do qual o BC participa junto com outros órgãos do governo”, detalhou Galípolo.