Rio
Planetários do Rio e de Beijing vão trocar projetos educacionais e ampliar atrações destinadas aos visitantes
Representantes cariocas viajam à China na próxima semana para participar de seminário e acertar detalhes da cooperação entre as duas cidadesO que os Planetários do Rio e de Beijing, na China, têm em comum? Ambos convidam os visitantes para que desbravem o Universo por meio de exposições, filmes, aulas e até atividades interativas pelo mundo mágico dos planetas, astros e estrelas. Graças a um acordo de cooperação e intercâmbio que será assinado oficialmente neste mês de outubro, na capital chinesa, as duas instituições vão ampliar o leque de atrações oferecidas a seus visitantes.
De 12 a 25 deste mês, a convite do Consulado da China, o secretário municipal de Trabalho e Renda, Everton Gomes, e o presidente da Fundação Planetário da Cidade, Renan Uccelli, participam de seminário de desenvolvimento e aplicação de tecnologias na indústria aeroespacial. E, neste período, selarão a parceria entre o Planetário do Rio e o de Beijing.
– A China é o terceiro país na história a colocar astronautas no espaço e a construir uma estação espacial. Ela já é uma grande potência aeroespacial, e esta viagem a Pequim nos permitirá ver de perto os avanços tecnológicos do país, inclusive no campo da astronomia. E a trazer para o Rio um pouco deste conhecimento, adaptando-o, claro, à nossa realidade – afirma Everton Gomes.
Além de fortalecer os laços entre Brasil e China, a ideia da parceria entre os dois planetários é trocar experiências e promover intercâmbio na área de inovação, pesquisa e projetos educacionais. De acordo com o presidente da Fundação Planetário, por meio da troca de informações, conhecimentos e projetos com os chineses será possível enriquecer a experiência dos visitantes do Planetário do Rio.
– Além de suas modernas instalações e equipamentos de ponta, o Planetário de Beijing desenvolve projetos educacionais relevantes. O nosso objetivo é conhecer estas iniciativas e trazer para o Rio aquelas que contribuirão com o aprendizado desta ciência tão importante quanto a astronomia – diz Renan Uccelli.
O Planetário de Beijing tem 66 anos e o do Rio, 53. O primeiro possui, entre outras instalações, um teatro 4D e um observatório construído em 1442, que guarda instrumentos da dinastia Qing. Já o Planetário do Rio é o maior equipamento deste tipo na América Latina. O Museu do Universo é palco de exposições e experimentos interativos, e nas cúpulas Carl Sagan e Galileu Galilei são exibidos filmes de astronomia projetados em superfícies esféricas que provocam a sensação de imersão no espectador. Na Gávea também há bibliotecas com mais de três mil livros, anfiteatro, auditório e a Praça dos Telescópios, além de uma área ao ar livre com brinquedos para a garotada.
De janeiro a setembro, 133.057 pessoas visitaram o Planetário do Rio, na Gávea – sendo que 40.258 estudantes da rede municipal e 22.632, das escolas particulares, estiveram na instituição ou participaram de mostras itinerantes nas escolas.