Esportes
Diniz lamenta ‘interferência’ da arbitragem em empate contra o Internacional
Treinador criticou critérios e atuação do argentino Darío Herrera
Apesar da ter buscado um empate heroico no jogo de ida das semifinais da Libertadores, o Fluminense também teve motivos para reclamar. Após o empate em 2 a 2 com o Internacional, no Maracanã, o técnico Fernando Diniz elogiou a atuação da equipe, mas lamentou a atuação da arbitragem, fato que, na visão do treinador, acabou prejudicando o time tricolor por conta da expulsão do lateral-direito Samuel Xavier ainda no primeiro tempo.
“Fiquei contente com o que o Fluminense fez. O ponto negativo foi a arbitragem. Peço a vocês que vejam os lances. No primeiro lance do Samuel, Valencia faz falta clara no Nino. Pode dizer que é jogo de Libertadores, então, o do Samuel não merecia amarelo. Depois, quando ele expulsa, é expulso com uma convicção que me deixou até chateado com o Samuel. Quando vi, ele tirou o pé” – avaliou o treinador.
“A gente espera que a arbitragem seja justa. Não quero benefício de nada, zero. Quero que a arbitragem seja justa lá em Porto Alegre. O Inter é um grande time, vai estar com a sua torcida, mas o juiz interferiu completamente na partida. Completamente. Eu vi o lance agora, não foi nada. Não merecia nada. Era um lance que o VAR poderia chamar. Ele expulsa com uma convicção, que eu achei que o lance era uma aberração” – finalizou o comandante tricolor em relação ao trabalho do árbitro argentino Darío Herrera.
Um outro ponto comentado por Diniz foi em relação aos acréscimos dados pelo profissional. O treinador tricolor lembrou que o Internacional teve três ataques após os três minutos indicados inicialmente.
“Depois, ele deu três minutos de acréscimo, o gol saiu depois. A bola ficou rodando uns três ou quatro lances depois. Não subiu placa a mais. Ele deu três, os caras atacavam, a gente defendia. Deixaram o jogo correr praticamente até o Inter fazer o gol. Espero que a arbitragem seja justa no jogo de volta como deve ser” – finalizou o tema.
Outros temas da coletiva de Fernando Diniz:
Escalação para o jogo
“Vocês podem ter ficados surpresos, mas não deveria. Porque a gente jogou com o John Kennedy e o Cano lá contra o Olimpia. Jogou aqui contra o Olimpia também. Era uma das possibilidades. Podia sair jogando com ele ou com o Alexsander. Talvez se o Alexander tivesse saído jogando, vocês iam falar que era surpresa porque alguém não jogou. Não teve. O critério foi o melhor time que eu achei que era para iniciar o jogo. Eu achei que correu tudo bem e, se não tem a expulsão… não que o Alexander não possa jogar, a gente poderia ter outra formação. Mas é uma formação totalmente coerente com aquilo que o Fluminense tem apresentado e jogado nas últimas partidas, quando temos todo mundo à disposição. Não fico pensando se o time vai ficar mais ofensivo, penso que o time vai ter mais chance de ganhar. Vou botar o melhor time que eu achei. Contra o Olimpia, o time não ficou exposto. Se a gente achar que a gente vai ter mais chance de ganhar, vamos colocar.”
Justiça no resultado
“Acho que o resultado, por aquilo que aconteceu no jogo, foi justo. Pelo erro da arbitragem, não. E eu não falei, em nenhum momento que estava tudo bem. Isso é palavra sua. Não lembro de falar que estava tudo bem. Eu falei que gostei do time. Não falo que está tudo bem nem quando ganha, quando ganha de 7 a 0. Sempre tem coisa para corrigir. A escalação foi OK, os erros que acontecem… tem erro individual não tem ligação com a escalação. Tem erro que é coletivo que pode ser por conta de um desarranjo. Aí, se você acha que foi por conta da escalação, eu discordo de você. Foi erro de falta de encaixe, falta de pressão, às vezes, qualidade do adversário.”
Não entrada de um lateral após a expulsão de Samuel Xavier
“O que tem o gol com a não entrada de um lateral? A defesa não ficou desacertada. O cara cruzou a bola, antecipou. O Arias foi para lá porque faltava dois minutos. Já tinha acabado o jogo. Eu não mudei porque não achei que era para mudar. Se fosse para mudar, eu teria mudado. Achei que não teria coerência. É muito mais arriscado colocar um jogador frio faltando dois minutos. O Arias foi lá, ele treina.”
Saída de Felipe Melo
“Felipe Melo estava sentindo um pouco o joelho, estávamos com um jogador a menor, ficando exposto, tendo que correr mais. Esse foi o motivo dele ter saído.”