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Rio estuda criação de moeda social para 2024
Secretário de Desenvolvimento Econômico e Solidário Diego Zeidan, revela que Projeto de Lei será enviado ainda esse ano para Câmara; Nome da moeda será 'Samba'A cidade do Rio de Janeiro prepara um projeto do executivo carioca para mudar o patamar social/econômico das comunidades. O lançamento da moeda social, que já é sucesso em Maricá e em mais sete cidades do Estado, promete alavancar o consumo e renda dos moradores das favelas. Para a criação da moeda, a Prefeitura do Rio deverá apresentar o Projeto de Lei na Câmara dos Vereadores, o que deve acontecer ainda esse ano. A previsão é que comece a funcionar a partir de janeiro.
“O prefeito Eduardo Paes me convidou para integrar a secretaria de Desenvolvimento Econômico e Solidário (entrou no fim de março) e criar a moeda social na cidade do Rio, como existe em Maricá e outros municípios. Ela funciona como meio de pagamento, valoriza o comércio local. A ideia é que a gente pegue os programas que o município possui e que eles sejam pagos em moeda social, dentro da comunidade. Assim, circulará dentro daquele espaço e fortalecerá o comércio e a economia local”, comentou o secretário Diego Zeidan, filho do deputado federal Washington Quaquá (PT) e da deputada estadual Zeidan (PT).
De acordo com Diego Zeidan, a proposta que será apresentada na Câmara prevê que a moeda social do Rio de Janeiro seja nomeada “Samba”.
“O prefeito ficou encantando com o nome. É a cara do Rio de Janeiro. Não tem nada que remeta mais do que o samba. A equipe de marketing da moeda vai brincar com nome. Quem não gosta de samba bom sujeito não é”, brincou Diego.
A moeda social foi criada em 2013. Além de Maricá, ela está em outras sete cidades fluminenses, como, Niterói, Itaboraí, Saquarema, Cabo Frio, Porciúncula, Petrópolis e Iguaba Grande.
A iniciativa injetou na economia de Maricá mais de R$ 1 bilhão, alcançando uma média atual de 15 mil transações por minuto. A moeda, que tem paridade de um para um com o real (cada mumbuca equivale a R$ 1), surgiu a partir do conceito de economia circular, com valorização do comércio e dos serviços locais.
Cada membro da família recebe 200 mumbucas mensais, o que equivale a 200 reais. Segundo a Secretaria de Habitação e Assentamentos Humanos, 218 famílias realocadas de áreas de risco geológico, ou que tiveram de sair de construções irregulares, recebem atualmente o benefício de aluguel social na moeda de mumbuca.