Brasileiro arremata na Sotheby’s raridades de Freddie Mercury, incluindo as mais importantes peças do cantor

No ultimo dia 5 de agosto, Freddie Mercury, um dos maiores ícones do mundo da música de todos os tempos, completaria 77 anos. Naquela mesma data, a casa de leilões Sotheby’s, em Londres, cumpria mais uma etapa do leilão de 1500 peças da coleção particular do astro, colocadas à venda por sua ex-namorada Mary Austin.

O grupo de investidores estrangeiros  representado por Rafael Reisman arrematou os  mais cobiçados itens do leilão em um total aproximado de 40 peças.

O  manto e a coroa, acompanhados do tênis de boxe, foram usados por Freddie nas antológicas apresentações do grupo Queen da turnê Magic de 1986, a última que o cantor fez com a banda.

Naquele dia, ao baterem o martelo, Rafael levantou os braços em comemoração e seu feito foi citado no New York Times que dedicou um artigo aos vencedores do leilão. O programa Fantástico, da TV GLOBO, acompanhou o arremato no leilão.

Confira:

“Foi difícil conter a ansiedade e emoção, eram as peças de vestuário mais importantes de toda sua carreira, essa imagem está tão incrustrada em nossas mentes como a jaqueta de Michael Jackson em Thriller ou o macacão da águia de Elvis Presley” diz Rafael Reisman.

O empresário brasileiro, que já produziu a maior exposição com itens de Elvis Presley fora de “Graceland”, representou no leilão um grupo de investidores internacionais com os quais produzirá uma grande exposição imersiva sobre o astro para acontecer no Brasil e correr o mundo.

Na Sothebys, Rafael encontrou Mary Austin, a ex-namorada e beneficiária do testamento do astro que decidiu realizar o leilão. Ele perguntou a Mary qual era sua peça favorita e ela apontou o paletó cor de rosa, usado no clipe de “The Great Pretender”. O item também foi arrematado pelo grupo representado por Reisman.

É notável o conjunto arrematado para o projeto que nascerá no Brasil. Entre as roupas adquiridas está o justíssimo macacão de cetim preto e branco e suas botas, usados na capa do primeiro álbum do Queen de 1973.

Grandes trajes mais importantes foram garantidos, como o icônico macacão branco com asas do deus Mercúrio, acompanhado das botas brancas que podem ser vistos no vídeo Bohemian Rhapsody,  o traje “The Black Queen”, usado no show “A Night at the Opera”. Outro figurino lendário é o prateado de paetês usado na turnê “News of the World”. Além disso, há também o casaco de pele usado na apresentação no programa “Top of the Tops” quando cantou “Killer Queen”.

A coleção traz ainda importantes camisetas como a desenhada pelo próprio cantor para presentear Mary Austin, e ainda as usadas por ele nos palcos, pintadas com logomarcas Superman e Flash, esta comprada em conjunto com a calça vermelha de vinil usada nos shows.

Outra fenomenal aquisição é o traje preto e vermelho, do clipe da canção “Made in Haven” de 1985, inspirado no “Inferno de Dante”. A cena do cantor como “dono do mundo” com enorme capa é outra imagem marcante da carreira.

Radio Gaga é um dos maiores hits do Queen, o colete de couro usado pelo vocalista da banda no vídeo clipe da canção é outra importante aquisição do projeto.

O item mais pessoal é um colar feito de mola usado por Freddie diariamente, seu preferido na época.

O conjunto de peças inclui ainda móveis e porcelanas japonesas antigos, uma das paixões de Freddie Mercury.

A coleção arrematada foi celebrada pelos fãs do Queen presentes no leilão, pois o maior receio acabou acontecendo: 90% do acervo foi desmembrado por compradores de mais de 60 nacionalidades e, possivelmente, jamais serão vistos reunidos pelo público, mas grupo de Rafael trará a possibilidade de ver reunidas as peças que nunca foram vistas fora dos palcos.

“Desde que criei uma exposição sobre o ELVIS, com itens que nunca saíram de Graceland, fui atrás de temas e artistas que tiveram grande impacto no mundo, assim foi com a Space Adventure com itens da Nasa, as de Van Gogh, Frida Kahlo e Banksy. Quando vi essa gigantesca coleção do Freddie sendo desmembrada resolvi reunir um grupo de investidores internacionais e fazermos uma exposição que rodará o mundo”.

Formado em Fotografia na Califórnia, o empresário iniciou sua operação no showbusiness quando explorou a captação e venda de fotografias para o público do Rock in Rio II.  Trabalhou para Roberto Medina nos EUA nos anos 90, mas já na década seguinte criou seus festivais em Brasilia, sua terra natal.  Os festivais “Brasilia Music Festival”, e sua versão eletrônica “Brasilia Music Festival Electronic”, abriram caminho para a realização da maior turnê de Lenny Kravitz no Brasil, que culminou com o show nas areias da Praia de Copacabana. Nos anos seguintes, promoveu shows de Tony Bennett e Frank Sinatra Jr no país.

Elvis Presley tornou-se um objeto de desejo de Rafael quando foi a “Graceland” e convenceu seus administradores a autorizar a saída de inúmeros itens do “Rei do Rock” pela primeira vez na história. Assim o Brasil ganhou a exposição “Elvis Experience” que trouxe ao país Priscilla Presley e ainda a banda original do cantor para promover shows nas arenas do Ibirapuera e Maracanazinho.

Após a experiência com Elvis, o desejo era de fazer uma mostra com algo importante para a humanidade e assim nasceu a mostra “Space Adventure” com itens do projeto Apollo da Nasa que foi vista em São Paulo, foi exportada para Boston e agora ganhou espaço permanente em Canela, Rio Grande do Sul.

A Partir da “Space Adventure” Rafael se associa ao DC SET Group e criam a BLAST Entertainment, vertical do grupo especializada em exposições.

A Blast/DC SET é atualmente a maior produtora de exposições imersivas no país. A partir de 2022 realizou as mostras Beyond Van Gogh, Van Gogh Live 8K, Frida Kahlo Uma biografia imersiva e “The Art of Banksy – Sem Limites”, para um público de mais de um milhão de visitantes, em 7 cidades brasileiras.