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Ciência e Saúde

Julho também é o mês de conscientização do câncer ginecológico

Médica do Hospital Adventista Silvestre fala sobre os cuidados com a saúde da mulher no Julho Verde-Escuro

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Julho também é o mês de conscientização do câncer ginecológico (Foto: Divulgação)
Julho também é o mês de conscientização do câncer ginecológico (Foto: Divulgação)

Chamado de Julho Verde-Escuro, este mês é voltado também para a conscientização sobre o câncer ginecológico. A campanha visa despertar a importância da realização de exames preventivos e do diagnóstico precoce. “O câncer de mama é o primeiro em incidência na população feminina no Brasil, seguido do colorretal e, depois, do colo de útero, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA)”, alerta Elisabete Ostrowski, ginecologista do Hospital Adventista Silvestre.

O câncer do colo de útero é o quarto câncer em mortalidade na população feminina, mesmo sendo fácil de detectar, pois isso se dá através do exame preventivo, o famoso ‘Papanicolau’. Nele, são coletadas células da região afetada, que são analisadas por microscópio para que qualquer alteração seja identificada de forma precoce, antes de um diagnóstico cancerígeno.

“Este exame, segundo o INCA, deve ser realizado em mulheres de 25 a 64 anos. Após dois exames consecutivos sem alterações, no intervalo de um ano, passa a ser realizado a cada três anos. Mas, isso não exclui visitas ao ginecologista e exames realizados durante as consultas, pois o médico pode detectar alterações também, mesmo fora da faixa etária”, informa Elisabete.

Os principais sintomas de câncer ginecológico são sangramento durante a relação sexual ou no período fora do ciclo menstrual. Eles já são motivo suficiente de alerta, quando a paciente deve procurar um profissional para avaliar e detectar o quanto antes.

Estima-se que o Brasil deve ter 17 mil novos casos de câncer no colo do útero até 2025. Em sua maioria, a doença está relacionada ao vírus HPV – vírus sexualmente transmissível. Geralmente, esse vírus é eliminado do corpo, mas em alguns casos permanece latente e, em algum momento, pode causar o câncer.

“O que as mulheres precisam saber é que nem sempre elas têm alguma alteração relacionada ao parceiro atual, mas pode ser de relações anteriores, até mesmo de anos atrás”, afirma a ginecologista. Desde 2014, a vacina HPV Quadrivalente é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos.

“A redução do câncer do colo de útero precisa também da conscientização da população e dos pais responsáveis por esses adolescentes, do uso de camisinha em relações sexuais e do check-up ginecológico periodicamente para a saúde da mulher em geral”, atesta Elisabete. Ela acrescenta que há outros tipos de câncer ginecológico, tais como o câncer de vulva, o de vagina, o de endométrio e o de ovário.