Esportes
Por 3 sets a 0, Brasil perde para a Polônia e se despede da Liga das Nações de vôlei masculino nas quartas de final
Técnico Renan Dal Zotto admite fragilidade durante reformulação e prevê evolução para o pré-olímpico em setembro
A Seleção Brasileira masculina de vôlei foi derrotada, na tarde desta quinta-feira (20), pela Polônia, por 3 sets a 0 (26×24; 25×21 e 25×20), em Gdansk, cidade polonesa, e deu adeus à Liga das Nações. Com a derrota, o Brasil perdeu a chance de chegar às semifinais, sendo eliminado, portanto, na fase de quartas de final.
No primeiro set, o mais equilibrado, os jogadores brasileiros reclamaram bastante da arbitragem no lance que gerou o 26º ponto polonês. Após o ataque de Alan, bloqueado para fora, a arbitragem, através do uso do vídeo, alegou que, na volta, a bola teria resvalado no cotovelo do atleta brasileiro, gerando a revolta por parte dos jogadores e do técnico Renan Dal Zotto.
Já no segundo set, o Brasil não conseguiu repetir as defesas do primeiro terço de jogo, além de ter sentido falta de Lucarelli, principal nome da equipe na competição, se tornando presa fácil para o time polonês.
No set decisivo, os jogadores brasileiros não conseguiram segurar o ritmo imposto pelo adversário. As mudanças feitas por Renan Dal Zotto não surtiram efeito e o Brasil abusou dos erros em quadra.
Levantador, capitão e um dos mais experientes do elenco atual, Bruninho admitiu a superioridade polonesa e pontuou as fragilidades brasileiras.
“A gente perdeu várias oportunidades de contra-ataque no primeiro set. A gente sabia da qualidade deles. Talvez o saque deles tenha feito a diferença no jogo de hoje. Foram muito eficientes e colocaram a gente em dificuldades. Precisamos rever os contra-ataques e nos preparamos para enfrentar adversários superiores” – disse.
Com a classificação, a Polônia enfrentará o Japão em uma das semifinais. A outra será entre Estados Unidos e Itália.
A partir de agora, a Seleção Brasileira masculina se preparará para o pré-olímpico, que será realizado no mês de setembro, em Paris, na França.
“Teremos muito tempo de trabalho. Essa Liga das Nações mostrou que a gente precisa evoluir. Não temos um time tão forte contra outras equipes. Então precisamos evoluir em tudo: no saque, no levantamento, na cobertura, no contra-ataque…”
O técnico Renan Dal Zotto, por sua vez, admitiu que o Brasil hoje está em um nível inferior aos principais rivais, algo que faz parte do processo de reformulação do elenco brasileiro. Por isso, é necessário, na visão dele, a manutenção do processo, visando as Olimpíadas de 2024.
“Hoje temos vários times desse padrão. Precisamos todos de um pouco de tempo pra garotada pegar ritmo de jogo. Não é fácil. Enfrentaram jogadores mais experientes, em um ginásio lotado, nessa pressão que fazem. É um processo natural e tenho certeza que vários garotos que estão aqui vão crescer bastante. Vamos continuar caminhando” – analisou.