Brasil
Saúde vai dobrar o número de pacientes com hepatite B em tratamento no Brasil
Novo protocolo antecipa medicação e deve expandir o acesso ao tratamento para 100 mil pessoas
O Ministério da Saúde vai ampliar e simplificar o diagnóstico e tratamento de hepatite B no Sistema Único de Saúde. A expectativa, com a adoção das novas diretrizes, é mais do que dobrar o número de pessoas em tratamento no Brasil. Atualmente, 41 mil pacientes têm acesso aos medicamentos e esse número pode chegar a 100 mil.
As mudanças são baseadas em evidências científicas mais atuais e posicionam a política de combate à doença no Brasil como uma das mais avançadas do mundo. Essa é uma das medidas adotadas pelo Ministério da Saúde para o fortalecimento do combate às hepatites virais através do SUS. A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, reforçou a importância de qualificar cada vez mais a informação e ampliar o diagnóstico para as hepatites virais.
“Nos últimos anos houve diminuição na prevenção, com redução de entrega de seringas, que são fundamentais nesse processo, mas nós retomamos essa ação e agora estamos trabalhando fortemente na prevenção das pessoas”, disse.
Ao todo, incluindo as hepatites virais, o Brasil assumiu o compromisso de eliminar 14 doenças determinadas socialmente nos próximos sete anos. Em relação às hepatites B e C, a meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é diagnosticar 90% das pessoas com hepatites virais, tratar 80% das pessoas diagnosticadas, reduzir em 90% novas infecções e em 65% a mortalidade.
No Brasil, estima-se que 520 mil pessoas tenham hepatite C, mas ainda sem diagnóstico e tratamento. Até 2022, cerca de 150 mil pessoas já tinham sido diagnosticadas, tratadas e curadas da hepatite C.
No caso da hepatite B, estima-se que quase 1 milhão de pessoas vivam com a doença no país e, destas, 700 mil ainda não foram diagnosticadas. Até 2022, 264 mil pacientes tinham sido diagnósticos com a doença e 41 mil estão em tratamento.