Esportes
Flamengo aposta em paciência para ter De La Cruz: ‘todos precisam vender’
Objetivo é convencer River Plate, em menos de um mês, a liberar meia uruguaio por menos de US$ 16 milhões
O Flamengo tem até o dia 2 de agosto para comprar Nicolas De La Cruz. Ou, na ótica rubro-negra, o clube argentino tem até o mesmo dia para aceitar a proposta feita e negociar o meia. O prazo para receber uma quantia considerável é o trunfo do departamento de futebol dos cariocas para obter sucesso na negociação. Até o momento, a equipe de Buenos Aires está irredutível.
“O jogador interessa ao Flamengo. Os empresários já sabem quais as condições que o Flamengo pode chegar. O River Plate se classificou (na Libertadores). Era muito pequena a probabilidade de isso não acontecer. A gente sabia disso. Mas todos os clubes precisam vender. Não só o River, a gente também precisa, em determinados momentos”, declarou Marcos Braz, na coletiva de apresentação do goleiro Rossi, na última quinta.
A multa rescisória de De La Cruz é de US$ 16 milhões – cerca de R$ 77 milhões na cotação atual. O momento instável da economia argentina é visto como um possível fator fundamental para o desfecho positivo da negociação. Do lado do Rio, a paciência. Na capital argentina, a responsabilidade de evitar uma venda por um valor considerável.
“É um grande jogador que com certeza o River Plate analisa tamanho e importância pra eles. O mercado abriu tem poucos dias e não vamos sair da negociação. É um jogador que interessa e que a gente vai procurando outros caminhos para ver se, em determinado momento, eles entendam que possam negociar essa multa”, analisou o vice de futebol do Flamengo.
De La Cruz tem 26 anos, é da seleção uruguaia e disputou a última Copa do Mundo. Está no River Plate desde 2017. Fez parte da campanha vitoriosa da Libertadores em 2019 e era peça do elenco derrotado pelo Flamengo no ano seguinte. Na atual temporada, disputou 20 jogos, marcou quatro gols e deu duas assistências.
Até o momento, o Flamengo contratou Rossi, Allan e Luiz Araújo. Somente o primeiro chegou ao clube sem custos por transação. Além de De La Cruz, Claudinho, do Zenit, também está no radar da diretoria e por um valor superior ao necessário para ter o uruguaio. Possíveis vendas de jogadores como Matheus França e Victor Hugo podem servir para equacionar as finanças, caso as negociações sejam concluídas.