Esportes
Maicon é apresentado, minimiza fator idade e se coloca à disposição para jogo contra o Cruzeiro
Aos 34 anos, zagueiro utiliza exemplos de Ricardo Rocha e Mauro Galvão para confiar em sucesso com a camisa vascaína
Reforço para a sequencia da temporada, o zagueiro Maicon, de 34 anos, foi apresentado oficialmente pelo Vasco, nesta quinta-feira, no CT Moacyr Barbosa. O defensor foi o segundo atleta contratado para a janela do meio do ano. Ele, inclusive, já foi regularizado e fica à disposição do técnico Willian Batista para o jogo de sábado, contra o Cruzeiro, às 16h, em São Januário, pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Maicon utilizará a camisa 4 na equipe vascaína. Após rescindir com o Santos, onde teve passagem apagada, assinou até o fim deste ano com o time carioca, tendo a opção de renovação por mais uma temporada. Com um discurso de renovação, o zagueiro garantiu estar pronto para estrear pelo novo clube.
“Estou pronto para ontem. A partir do momento que o Paulo Bracks entrou em contato comigo, já disse para ele que eu estava pronto, não tinha tempo para esperar. No ano passado tive bons jogos, fiz a maioria dos jogos no Santos, infelizmente as lesões me atrapalharam. Mas fiz bons jogos, até o meio das competições tínhamos a segunda melhor defesa daquele ano. Acredito que fiz uma grande competição, mas isso é coisa do passado, quero focar agora no presente” – disse.
“Estou vestindo uma grande camisa, é uma grande responsabilidade, mas estou disposto e estou preparado. Não vinha jogando como eu queria no Santos, por isso busquei novos ares. Eu vi uma porta muito linda, maravilhosa, que é a oportunidade de representar uma equipe como o Vasco. Não podia deixar escapar. Estou pronto para ontem, espero fazer meu melhor dentro de campo para poder honrar essa camisa” – completou o defensor.
Maicon também minimizou o fato de ter uma idade que, na visão de muitos, é considerada avançada. Para ele, no entanto, o fato se trata apenas de número, relembrando outros atletas experientes que tiveram sucesso com a camisa vascaína.
“Idade é apenas um número. No passado o Vasco buscou jogadores mais veteranos de sucesso para a minha posição. Ricardo Rocha e Mauro Galvão são duas referências para mim. São duas grandes inspirações. Não importa a idade, depende da personalidade do jogador. Estou preparado, fisicamente muito bem, joguei 13 anos na Europa. No Brasil a carga de jogos é muito grande, o que acabou me prejudicando. Nesse ano, no entanto, não tive problemas de lesões. Estou adaptado” – relembrou.
Confira outros trechos da entrevista de Maicon:
. Busca por um novo técnico:
“Primeiro nós temos um treinador que se chama William (Batista). É um grandíssimo treinador, um grande profissional, que tem trabalhado com a gente nessas últimas semanas e demonstrado que tem muita capacidade. Temos que dar o mérito pela pessoa e pelo profissional que ele é. Temos jogadores de muita qualidade. Claro que, quando não tem o resultado que planeja, você é cobrado por aquilo que demonstra toda semana, no dia a dia. O Vasco começou muito bem o ano, infelizmente depois desandou. Mas acredito que o grupo tem muita qualidade, falta uma ou outra peça. Quando as coisas não dão certo, a gente procura outras soluções. Foi isso que o Vasco fez. Tenho certeza que o grupo está se encorpando, ganhando mais experiência. É um grupo jovem, mas que tem muita capacidade e personalidade. Temos totais condições de dar a volta por cima.”
. Contrato de seis meses:
“Seis meses é muito tempo para a gente mostrar o que tem capacidade para fazer. Saber da história do Vasco é muito fácil, qualquer Google você consegue. Eu quero sentir o que é Vasco, quero estar lá dentro para sentir aquela camisa como se fosse uma só pele. Porque saber o que é Vasco é muito fácil, eu quero sentir, quero trazer essa energia para dentro do grupo para mostrar para eles o que é ser Vasco. Trazer a torcida para mim, principalmente, e para o grupo.”
. Desconfiança:
“A torcida é nosso 12º jogador, os torcedores são muito importantes. Claro que algumas questões foram colocadas, eu não estava jogando recentemente. Mas eu sei da minha capacidade, sei do meu nível mental, sei o jogador que eu sou. Em nenhum momento, nenhum clube, nenhum treinador me fizeram perder a confiança em mim. Saí de casa aos 14, 15 anos. Desde lá eu venci. Se olhar para trás, consigo ver que eu venci no futebol. Mas não quero focar no passado, quero focar no presente. Quero focar no Vasco, quero fazer a minha história, o meu nome aqui. Para que, juntos, a gente consiga todos os objetivos este ano.”