Rio
Bandidos de alta periculosidade deixam Bangu e são transferidos para presídios federais
Muitos criminosos têm envolvimento com milícias ou integram facções criminosas do estado do Rio
A Justiça do Rio determinou, na segunda-feira (19), a transferência de 26 presos do Rio para presídios federais por pelo menos três anos. Na última terça-feira (20), o governador Cláudio Castro afirmou que outros 5 presos também serão transferidos, totalizando 31 detentos.
O juiz responsável, Marcel Laguna Duque Estrada, da Vara de Execuções Penais (VEP), determinou que os presos sejam mantidos na Penitenciária Laércio da Costa Pellegrino (Bangu 1) até que a transferência seja feita.
“É fundamental, visando o interesse da Segurança Pública, e com a finalidade de evitar novas associações e articulações para a prática de crimes proceder tais transferências”, afirmou o juiz.
O juiz cita também que os presos são líderes relevantes de organizações criminosas que atuam ativamente na instabilidade da segurança pública no estado.
Muitos criminosos têm envolvimento com milícias ou integram facções criminosas do estado do Rio, como o comando vermelho (CV), a facção mais poderosa do tráfico do Rio, e o terceiro comando puro, que é rival do CV.
Confira a lista de transferidos:
- Alcimar Pereira dos Santos, o Veludo, da Vila Vintém (é acusado de matar policiais. Ele foi transferido para Bangu um após a fuga de três presos em janeiro)
- Aleksandro Rocha da Silva, o Sam da Caicó (ex-chefe da Covanca – acusado de mais de uma dezena de homicídios)
- Alex Marques de Melo, o Léo Serrote (chefe da invasão ao Morro do São Carlos em 2020. Foi preso numa casa fazendo reféns)
- Alexandre Jorge do Nascimento, o Jason (suspeito de matar 40 pessoas na Baixada)
- Alexandre Silva de Almeida, o Solinha (é ex-integrante da milícia do Zinho, na Zona Oeste)
- Anderson Rocha da Silva, o Russão (irmão de Sam da Caicó)
- Anderson Venâncio Nobre de Souza, o Piu (é responsável pelo tráfico na Lapa é apontado como braço do traficante Abelha)
- André Costa Bastos, o Boto (é um dos chefes da milícia na região de Jacarepaguá e Recreio, dava ordens para ataques na Curirica e no Terreirão)
- Avelino Gonçalves Lima, o Alvinho (é chefe do Povo de Israel, quadrilha que pratica extorsões de dentro das cadeias)
- Carlos Vinícius Lírio da Silva, o Cabeça do Sabão (é um dos mentores do sequestro do helicóptero para tentar resgatar presos em Bangu, em 2022)
- Charles Silva Batista, o Charles do Lixão (é apontado como um dos chefes na Favela do Lixão, em Caxias; voltou de presídio federal em 2021)
- Edmilson Gomes Menezes, o Macaquinho (é chefe da milícia da Praça Seca e do Campinho)
- Eliezer Miranda Joaquim, o Criar (é chefe do tráfico de favelas em Belford Roxo)
- Emerson Brasil da Silva, o Raro (é chefe do tráfico do Complexo da Pedreira)
- Francio da Conceição Batista, o Nolita (é chefe do tráfico da Comunidade Santa Rosa)
- Geovane da Silva Mota, o GG (é ex-integrante da milícia de Zinho)
- Luís Carlos Moraes de Souza, o Monstro (é chefe do tráfico de favelas de Macaé e do Morro do Urubu)
- Luiz André Ribeiro Fiuza (traficante internacional preso em 2005)
- Luiz Cláudio Serrat Correa, o Claudinho CL (é chefe do tráfico do Cajueiro)
- Luiz Fernando do Nascimento Ferreira, o Nando do Bacalhau (é chefe do tráfico do Chapadão)
- Marcelo de Almeida Farias Sterque, o Marcelinho Merendiba (conseguiu fugir do Complexo de Gericinó em janeiro e acabou recapturado em abril)
- Marcelo Santos das Dores, o Menor P (é chefe do tráfico no Complexo da Maré)
- Marco Antônio Pereira Firmino da Silva, o My Thor (é um dos principais chefes do Comando Vermelho; voltou de um presídio federal em 2021)
- Robson Aguiar de Oliveira, Binho (é chefe do tráfico do Morro do Engenho)
- Rodrigo dos Santos, o Latrell (é ex-integrante da milícia do Zinho, principal braço armado do grupo)
- Samuel de Freitas e Silva, o Samuca (é um dos chefes do tráfico do Pavão-Pavãozinho, mentor de ataques à UPP)