Proposta de reajuste de 8% feita pelo MP as empresas deixa rodoviários em estado de greve até nova rodada de negociação

Na audiência de conciliação realizada na manhã desta quinta-feira (22), no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) entre os empresários de ônibus e a direção do Sindicato dos Rodoviários, para resolver o impasse em relação ao reajuste salarial dos rodoviários referente ao período de junho de 2022 a maio de 2023, foi alegado pelos empresários que não existe a mínima condição de realizar o pagamento do reajuste pendente.

O dissídio coletivo na Justiça do Trabalho foi referente ao reajuste pendente de 11,9% desse período e a convenção coletiva da categoria que tem como data base esse mês de junho.

Diante do impasse, a procuradora do Ministério Público que acompanhou a audiência propôs um reajuste de 8% aos empresários, que ficaram de levar a proposta para o colegiado e darem uma resposta na nova audiência marcada para o dia 4 de julho.

De acordo com Sebastião José, presidente do sindicato, essa situação já se arrasta por mais de dois anos sem que haja uma definição, o que causa enorme constrangimento e insatisfação da categoria, já que os trabalhadores estão sem nenhum tipo de reajuste durante esse período.

“Estamos confiantes de que os empresários desta vez irão acatar a sugestão do Ministério Público e aceitarão a proposta dos 8%. Não é o que estamos pleiteando para a categoria, já que o descaso e a intransigência por parte das empresas junto a categoria, a justiça e ao próprio Ministério Público nos deixa perplexos, já que saiu do próprio TRT o acordo anterior para que as empresas pagassem os 11,90 referente aos anos de 2022 e 2023, pois a prefeitura tem consciência de que é devedora”, disse Sebastião.

Sebastião afirmou ainda que a categoria continua em estado de greve até o desfecho final no próximo mês, quando convocará assembleia geral para submeter aos trabalhadores o que foi definido na audiência.