Traficante FB é condenado a 225 anos por comandar ataque a helicóptero que matou três policiais - Super Rádio Tupi
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Justiça

Traficante FB é condenado a 225 anos por comandar ataque a helicóptero que matou três policiais

Juíza Tula Corrêa de Mello equiparou as circunstâncias do abate de uma aeronave do estado a um ato de terrorismo

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traficante morro são joão

O traficante Fabiano Atanásio da Silva, conhecido como FB, foi condenado a 225 anos de prisão, no julgamento que terminou na manhã desta quarta-feira (21) sobre o abate de um helicóptero da Polícia Militar na Zona Norte do Rio em 2009, que vitimou três policiais.

FB foi o responsável por comandar o ataque. Na audiência, que durou quase 22 horas, o traficante foi condenado por 3 homicídios, 6 tentativas de homicídio e associação para o tráfico.

Na sentença, a juíza do 3º Tribunal do Júri, Tula Corrêa de Mello, destacou que “A culpabilidade do acusado é extrema, já que, enquanto líder da facção criminosa Comando Vermelho, demonstrou efetiva ousadia ao determinar previamente a seus comparsas que empregassem violência consistente em efetuar disparos de armas de fogo contra todos os opositores à ação do grupo, atentando contra agentes públicos em serviço…”.

A juíza também equiparou as circunstâncias de abate de uma aeronave do estado a um ato de terrorismo, “pois não se restringe à violência individualmente direcionada à cada um dos policiais atingidos e aos familiares, vítimas indiretas da ação nefasta, mas pela intenção declarada de guerra ao Estado”, completou.

Outros dois traficantes foram condenados em setembro do ano passado pelo crime. Leandro Domingos Berçot, conhecido como Lacoste, e Magno Fernando Soeiro Tatagiba de Souza, o Magno da Mangueira foram sentenciados em pouco mais de 193 anos de prisão.

Lacoste e Magno da Mangueira foram sentenciados no ano passado a 193 anos de prisão (Reprodução)

Já Luiz Carlos Santino da Rocha, o Playboy, foi condenado em 2019 a 225 anos pelo mesmo processo.

Playboy foi condenado em 2019 a 225 anos (Reprodução)

FB está preso preventivamente no presídio federal de Catanduvas, no Paraná, desde 2012.

Na derrubada do helicóptero durante a operação no Morro dos Macacos, há 14 anos, os policiais militares Marcos Stadler Macedo e Edney Canazaro de Oliveira estavam dentro da aeronave quando ela incendiou por completo. O policial Izo Gomes Patrício chegou a conseguir sair do helicóptero em chamas. Outros agentes tentaram apagar o fogo no corpo de Izo, mas ele não resistiu.

“Frisa-se o intenso sofrimento físico a que as vítimas fatais pilotos e tripulantes foram submetidas, sendo carbonizadas em vida, fato este presenciado por todos os policiais colegas de equipe” ressaltou a juíza Tula Corrêa.