Capital Fluminense
Homem é preso e 200 quilômetros de linha chilena são aprendidos durante operação da Polícia Civil
Agentes foram a endereços na Zona Norte e na Zona Oeste do Rio para verificar denúncias contra o uso e a comercialização do artefato cortante
A Polícia Civil deflagrou, nesta segunda-feira (12), a operação Risco Iminente com o objetivo de combater o uso e a comercialização da chamada linha chilena. Em conversa com a reportagem da Super Rádio Tupi, o delegado Wellington Pereira, titular da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), fez um balanço das ações, que aconteceram em diversos pontos da capital fluminense e que resultou na prisão de um homem em flagrante.
“A gente deflagrou a operação baseado em endereços do disque denúncia e fomos em diversos locais. Em um deles, um homem foi preso e autuado em flagrante. Nós vamos continuar com as ações nos próximos dias e solicito a população que ajudem a Polícia Civil a continuar prendendo essas pessoas. Esse artefato é muito perigoso e tem causado diversos acidentes. Pessoas estão sofrendo lesões corporais e podem chegar até a morrer se forem atacados com essa tal linha chilena”, afirmou o delegado.
Ao todo, em todos os endereços, os policiais encontraram 200 carretéis de linha chilena, cada um com aproximadamente 1 mil metros. Também foram apreendidas quatro máquinas de carretilhas.
Já o homem detido, que não teve a identidade divulgada, foi encontrado pelos agentes em uma fábrica clandestina de linha chilena, no bairro de Realengo, na Zona Oeste. No local, além do preso, diversos materiais para produção, inclusive maquinário, foram apreendidos.
A linha chilena, produzida com pó de quartzo e óxido de alumínio, é utilizada por pessoas que costumam soltar pipa. Por ser mais cortante que o cerol, ela oferece grande risco à população e faz diversas vítimas todos os anos.
Um exemplo recente é o caso do menino João Vicente Massaud Issa, de 5 anos, que foi cortado por uma linha chilena enquanto andava de bicicleta no bairro de Cabufá, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Ele precisou levar 58 pontos no pescoço, além de ter sido submetido a uma cirurgia de emergência no Hospital Estadual Azevedo Lima, no Fonseca.