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Farmácia Popular é relançado e tem gratuidade de medicamentos ampliada

Nova versão do programa terá políticas voltadas a aumentar o acesso a remédios por parte dos beneficiários do Bolsa Família e da população indígena, além de focar na saúde da mulher

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Lula participou nesta quarta-feira, no Recife, da solenidade de lançamento do Novo Farmácia Popular
Nova versão do programa terá políticas voltadas a aumentar o acesso a remédios por parte dos beneficiários do Bolsa Família e da população indígena, além de focar na saúde da mulher (Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, nesta quarta-feira (07), em uma cerimônia no Recife, uma nova versão do Farmácia Popular. Criado no ano de 2004, o programa tem como objetivo garantir a continuidade do tratamento de doenças através de medicamentos gratuitos ou com descontos.

No novo formato, os beneficiários do Bolsa Família poderão retirar gratuitamente os 40 medicamentos disponíveis na lista do Farmácia Popular. Atualmente, as medicações disponíveis no programa estão divididas em duas categorias, sendo uma parte gratuita e outra tendo um desconto de 90% em relação ao preço tabelado das farmácias comerciais.

Entre os remédios que têm apenas desconto e, agora, passarão a ser gratuitos para quem recebe Bolsa Família, estão quatro anticoncepcionais; dois tipos de tratamento para Doença de Parkinson; três medicações usadas no controle do colesterol; três alternativas para controle da rinite; além de fraldas geriátricas.

“Ninguém vai ao médico apenas para pegar um diagnóstico. Ninguém vai ao médico para pegar apenas a receita. A gente vai ao médico porque queremos o diagnóstico, a gente quer a receita e a gente quer comprar o remédio para curar o diagnóstico encontrado pelo médico. É por isso que nós resolvemos lançar o Farmácia Popular há muito tempo atrás”, afirmou Lula, ao discursar sobre a volta do programa.

“O programa foi ironizado e diminuído pelo governo passado e nós agora voltamos com o Farmácia Popular com muito mais força, com mais remédio e com mais capacidade de fazer mais convênios para que mais farmácias possam participar desse programa e a gente chegar em um momento de atender a totalidade das pessoas necessitadas nesse país”, assegurou o presidente.

Segundo o governo, quem recebe Bolsa Família não irá precisar fazer um novo cadastro para retirar esses medicamentos. A identificação do beneficiário será feita pelo próprio sistema do Farmácia Popular. Outro ponto importante é que as gratuidades serão mantidas, para todos os cidadãos, nas 22 medicações para controle da asma, da diabetes e da hipertensão disponíveis no programa.

Outra novidade é a retomada do credenciamento de novas unidades, priorizando as áreas de maior vulnerabilidade que aderiram ao Mais Médicos. Com isso, 811 cidades poderão pedir a adesão ao programa, sendo 94,4% no Norte e Nordeste. A expectativa é que, até o fim do ano, o Farmácia Popular passe a estar presente em 5.207 municípios, o equivalente a 93% do território nacional.

Saúde da mulher e dos povos indígenas é destaque em nova versão do Farmácia Popular

Lula participou nesta quarta-feira, no Recife, da solenidade de lançamento do Novo Farmácia Popular
Lula participou nesta quarta-feira, no Recife, da solenidade de lançamento do Novo Farmácia Popular (Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República)

Mas as mudanças do novo Farmácia Popular vão além. A partir de agora, todas as mulheres podem retirar gratuitamente medicamentos indicados para o tratamento da osteoporose, além de contraceptivos. De acordo com o Ministério da Saúde, aproximadamente 5 milhões de mulheres em todo o país, que antes pagavam a metade do valor por esse tipo de medicamento, devem ser beneficiadas com a medida.

Além das mulheres, a população indígena também passa a ter um foco especial no novo formato do programa. A ideia é ampliar e facilitar o acesso, de forma complementar, à assistência farmacêutica básica oferecida atualmente nos distritos sanitários especiais indígenas (DSEI). Com a ação, todos os 40 medicamentos do rol do programa passam a ser disponibilizados de forma gratuita para povos originários.

“Para evitar o deslocamento, um representante da comunidade será escolhido para retirar os medicamentos indicados. Assim, também não será necessário ter um CPF para ser atendido pelo programa. Essa iniciativa entrará em prática em um projeto piloto no território yanomami e, em seguida, expandida de forma gradual para as outras regiões. As ações serão implementadas com a participação dos conselhos distritais de saúde indígena”, informou o Ministério da Saúde.