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‘Eu me Protejo’: Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência lança projeto de conscientização

Essa é uma conquista que demarca a luta pelos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes

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Foto Destaque: Divulgação

A Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência vai lançar o projeto “EU ME PROTEJO” no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (18), Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, às 10h para conscientizar sobre a prevenção e cuidado às pessoas com deficiência e seus familiares.

O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, instituído pela Lei Federal 9.970/00, é uma conquista que demarca a luta pelos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes. A SMPD irá realizar diversas atividades em seus 7 Centros Municipais de Referência da Pessoa com Deficiência – CMRPD, localizados no município do Rio de Janeiro, sendo eles: Centro, Campo Grande, Irajá, Mato Alto, Santa Cruz, São Conrado e Vila Isabel com atividades locais voltadas para temática.

Haverá distribuição de balões de cor laranja e panfletos em torno dos CMRPDs, como forma de conscientização do tema. Essa ação será em conjunto com todos os CMRPDs às 10 horas da manhã como um marco central na campanha em toda SMPD.

No Brasil, existem poucas estatísticas sobre crimes cometidos contra pessoas com deficiência. A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou no relatório “Situação Mundial da Infância”, publicado em 2013, que crianças com deficiência são mais vulneráveis à negligência, abusos e violência sexual, concluindo que elas estavam mais expostas a sofrer violência – sendo 3,6 vezes maior para violência física e 2,9 vezes maior para violência sexual. Constatou também que crianças com deficiência intelectual ou transtorno mental, por exemplo, apresentam probabilidade 4,6 vezes maior de serem vítimas de violência sexual.

Na Nota Técnica 54, produzida pelo IPEA sobre “Violência contra Pessoas com Deficiência: o que dizem os dados da saúde pública” traz o mapa das notificações por tipo de deficiência. Além disso, famílias ainda resistem em denunciar, muitas têm vergonha, e isso aumenta quando a vítima tem deficiência. Pessoas com deficiência intelectual, principalmente, mulheres são as maiores vítimas.

O projeto “EU ME PROTEJO” existe para que as crianças aprendam que seus corpos são seus e devem ser respeitados, e ensina a reconhecer e se proteger de abusos. Todo o conteúdo é gratuito, com acessibilidade em Libras e com audiodescrição, disponível no site www.eumeprotejo.com.

Segundo a Secretária Municipal da Pessoa com Deficiência, Helena Werneck, é urgente dialogar com famílias e com as pessoas com deficiência para que conheçam seus corpos e saibam como se prevenir de qualquer tipo de violência. Embora os dados sobre violência contra pessoas com deficiência sejam imprecisos, pesquisas internacionais mostram que pessoas com deficiência intelectual são as que têm maior probabilidade de sofrerem abuso sexual.

Dessa forma, a SMPD deseja trabalhar os conceitos da prevenção e conscientização para prevenir o abuso e a violência infantil com todas as pessoas com deficiência e famílias acompanhadas em seus 7 CMRPDs.